Essa não é a primeira tentativa de abrir investigações contra o atual prefeito. Recentemente, vereadores da oposição tentaram instaurar uma Comissão Parlamentar Processante (CPP), mas, por ser minoria, não obtiveram os votos necessários para dar continuidade ao plano. O gestor foi acusado de “apropriação indébita”, por descontar o valor do INSS do salário de servidores e não fazer os repasses necessários. O servidor Josemar Ferreira Santos foi quem fez a denúncia aos vereadores, que já encaminharam representação ao Ministério Público. “A gente tem feito denúncias e reuniões com o prefeito para reivindicar nossos direitos, mas até agora os repasses não foram feitos”, relata. De acordo com o presidente da Câmara, os repasses não foram feitos ao INSS pelo período de três meses. Ainda segundo Batista, a criação da CEI, para o caso das irregularidades na limpeza pública, é mais viável que a da CPP, pois não exige a maioria dos votos: “para instaurar a CEI, só precisa de um terço dos vereadores. A CEI dá direito à minoria”. “Os vereadores ligados ao prefeito não vão votariam a favor, e por serem maioria, teriam o poder de nem deixar que a Comissão seja criada”, explica.
O prefeito Antônio Barbosa afirmou que a prefeitura não tem influência na relação entre a empresa terceirizada e os funcionários. “A prefeitura abre o processo de licitação, mas a questão de contrato não cabe a nós”, diz. Em relação à acusação de superfaturamento no processo licitatório, o gestor disse que, na verdade, o valor pago à empresa é de R$ 77,7 mil, que vigora desde o início de seu mandato, iniciado em 2013. “Há quatro anos, o valor era mais ou menos R$ 54 mil, mas todo ano tem reajuste, o salário mínimo sobre, então o valor não tem como ser fixo”, explica e continua: “não há lei que proíba a contratação de uma empresa de outro município. Poderia ser de Curaçá, Salvador ou São Paulo. A licitação é aberta a todos, ganha a empresa que tiver a melhor proposta”. Para o prefeito, as denúncias foram feitas para desgastar a imagem de sua gestão. “É que o presidente da Câmara não tem o que fazer”, dispara. O Ministério Público deve investigar os casos.
As informações são de Bruna Castelo Branco/Bahia Notícais