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O Ministério do Trabalho da Itália lançou nesta terça-feira (19) um projeto
chamado "Apoio para a Inclusão Ativa" (SIA, na sigla em italiano),
que tem o objetivo de destinar até 400 euros (R$ 1,44 mil) mensais
para famílias que vivem em situação de pobreza.
O benefício será de 80 euros (R$ 288) por membro do núcleo
familiar, respeitando o teto de 400 euros – ou seja, famílias com seis ou mais
componentes receberão o mesmo que aquelas com cinco.
Para
conseguir acesso ao incentivo os núcleos deverão ter Indicador da Situação
Econômica Equivalente (ISEE) – criado para avaliar a situação financeira dos
italianos, levando em conta renda, patrimônio e características da família – de
até três mil euros (R$ 10,8 mil) e a presença de ao menos uma
pessoa menor de idade, deficiente ou grávida.
Além disso, os interessados precisarão aderir a um projeto personalizado
de inserção social e trabalhista, uma espécie de acompanhamento para deixar a
condição de pobreza. Sendo assim, as pessoas beneficiadas deverão se empenhar
na busca por trabalho e no cumprimento de objetivos educacionais (como
frequência escolar) e sanitários (como vacinação).
O governo acredita que o SIA beneficiará entre 180 mil e 220 mil núcleos
familiares e de 800 mil a 1 milhão de cidadãos, metade dos quais menores de
idade.As famílias interessadas poderão solicitar a bolsa a partir de 2 de
setembro.
Segundo o ministro do Trabalho, Giuliano Poletti, já foram
separados 750 milhões de euros (mais de R$ 2,6 bilhões) para o projeto em
2016, mas ele ressalta que a medida será apenas uma "ponte" que
levará o país à chamada "renda de inclusão" – dando oportunidade de
ajuda a todos os menores de idade em condição de pobreza absoluta, algo em
torno de um milhão de jovens.
O
anúncio da medida vem quatro meses após o primeiro-ministro Matteo Renzi
ter chamado de "esmola de Estado" a proposta do Movimento 5
Estrelas (M5S) de criar uma "renda de cidadania" para pobres.
Atualmente em discussão no Senado, o projeto prevê que todas as pessoas maiores
de 18 anos que recebam menos de 780 euros (R$ 2,8 mil) por mês tenham um
auxílio financeiro para atingir esse patamar.
A pobreza
absoluta na Itália atinge 4,598 milhões de pessoas atualmente, cifra mais alta
desde 2005 – período anterior ao da crise que jogou o país em uma longa
recessão.
Ultimo segundo IG
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