Nasceu duas vezes: bebê é retirada do útero, operada e colocada de volta por mais 3 meses

(Foto: Paul V. Kuntz/Texas Children's Hospital)

Redação: Correio 24h

Lynlee Boemer nem completou um ano, mas já tem uma história de vida bastante especial. Ela "nasceu" duas vezes para ter chance de sobreviver. A garota foi retirada da barriga da mãe para passar por uma cirurgia e depois foi colocada de volta por mais três vezes, para completar a gestação. Da primeira vez, Lynlee tinha apenas 530 gramas e ficou 20 minutos fora do útero da mãe para uma cirurgia essencial. O caso foi nos EUA.
Segundo a CNN, um ultrassom rotineiro na 16ª semana de gestação revelou que LynLee tinha um tumor na coluna. Diagnosticada um teratoma sacrococcígeo, ela tinha poucas chances de sobreviver. A opção dada pelos médicos era o procedimento de retirá-la para fazer a intervenção cirúrgica. Com apenas 23 semanas de gestação, LynLee "nasceu" pela primeira vez. 
“Foi muito chocante e assustador, porque não sabia o que a longa palavra [teratoma sacrococcígeo] significava ou qual diagnóstico traria.”, disse a mãe, Margaret Boemer, em uma entrevista publicada pelo Hospital Infantil do Texas, nos Estados Unidos. A mãe já havia passado por um momento triste na gravidez. Ela estava grávida de gêmeos, mas perdeu um dos bebês ainda no início da gestação. 
O teratoma sacrococcígeo é um tumor que se desenvolve no feto, crescendo a partir do cóccix do bebê. É mais comum em meninas e acontece em um a cada 35 mil nascimentos. "Mesmo sendo o mais comum, ainda é muito raro. Alguns desses tumores podem ser muito bem tolerados, de modo que pode ser retirado após o nascimento. Mas em cerca de metade dos casos eles causam problemas de circulação no bebê", explica Darrell Cass, co-diretor do centro fetal do hospital.
Família celebrou resultado positivo da cirurgia (Foto: Reprodução/Facebook)
Os médicos perceberam que o tumor estava crescendo muito e precisando cada vez mais de sangue, "competindo" com o necessário para o desenvolvimento do feto. A mãe chegou a receber recomendação de interromper a gravidez. A outra opção era a cirurgia fetal, que tinha grandes chances de não dar certo. "LynLee não tinha muita chance. Em 23 semanas, o tumor estava desligando seu coração e fazendo-a entrar em insuficiência cardíaca, por isso foi uma escolha entre de permitir que o tumor tomasse conta de seu corpo ou dar-lhe uma chance de vida. Foi uma decisão fácil para nós: quisemos dar a sua vida. Tipo de um milagre", se emociona a mãe.
O restante da gravidez transcorreu normalmente, com a mãe em repouso absoluto. Em 6 de junho, LynLee veio ao mundo pela segunda vez, de cesariana.

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