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Juliana Montanha e Thiago Freire ( )
A Bahia atingiu no terceiro trimestre do ano (julho a setembro) a marca de 15,9% de desempregados. Com isto, passou a liderar (mais uma vez) o ranking de desocupação entre os estados brasileiros. Só que desta vez atingindo um percentual inédito na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), metodologia iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O órgão divulgou ontem os dados mais recentes do estudo. O recorde anterior, 15,8%, foi registrado pelo Amapá. De acordo com o levantamento, a Bahia possui 1,151 milhão de desempregados – 22 mil a mais do que valor registrado no trimestre anterior, entre os meses de abril a junho.
A Pnad Contínua também coloca a Bahia como o estado que possui a maior taxa de subutilização da força de trabalho do país, 34,1% da sua população. O indicador é composto pelo conjunto de pessoas desempregadas, subocupadas ou inativas, mas com potencial para trabalhar (a chamada força de trabalho potencial).
Segundo o supervisor de Disseminação de Informações do IBGE, André Urpia, o conceito de subocupação é um detalhamento das pessoas que estão ocupadas com um viés relacionado à carga horária.
“Diz respeito às pessoas que trabalham menos de 40 horas, gostariam de trabalhar mais horas e estão disponíveis para isso. Ou seja, significa que daquele trabalhador não está sendo aproveitada toda a capacidade de horas que ele poderia ofertar”. Urpia esclarece que o indicador de força de trabalho em potencial diz respeito às pessoas que não buscaram trabalho no período em questão, mas gostariam de encontrar emprego e estavam disponíveis para trabalhar.