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Da Redação ()
Uma mulher de 44 anos foi presa na noite deste domingo (25) suspeita dos crimes de estupro de vulnerável e tortura, praticados contra a sua própria filha de 7 anos. A informação é da Polícia Civil do Rio. A menina está internada e sem previsão de alta médica. O caso é investigado pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav).
Segundo a investigação, ela permitia que homens que frequentavam sua casa praticassem sexo e outros atos libidinosos com a criança. Dentre os suspeitos, estão o avô de consideração e o próprio pai da menina.
De acordo com informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, a mulher de 44 anos teria levado a criança a uma unidade de atendimento médico, alegando que a filha havia se ferido em uma queda. Os profissionais de saúde do local observaram que as lesões não eram compatíveis com o alegado pela mãe da criança e por isso acionaram a polícia. Segundo a delegada de polícia Juliana Emerique de Amorim Coutinho, titular da Dcav, a suspeita permitia que homens que frequentavam sua casa praticassem sexo com a criança, dentre eles, o avô de consideração e o próprio pai da menina, mas a polícia investiga se ela cobrava pagamento. A menina também era agredida com diversos objetos, como colher de pau, cabo de vassoura e panela. Ainda de acordo com as investigações, a acusada foi presa quando tentava fugir de Nilópolis, na Baixada Fluminense, e se mudar para o Complexo do Chapadão, na Zona Norte da capital. "A mãe tem asco da criança. O estado de saúde da menina é ruim. Ela tem fisionomia triste e não responde estímulos verbais. A irmã de 12 anos presenciava as agressões e era obrigada pela mãe a bater na caçula", disse o delegado Rodrigo Moreira.
A delegada afirmou que a mãe ameaçava parentes para não prestarem depoimento contra ela. "Mas existem familiares de bem que querem a guarda da criança e eram impedidos pela mãe", explicou a delegada.
O delegado disse ainda que a mãe também teria sofrido violência sexual, e tem um histórico de vícios e agressões. Além disso, ela tem pelo menos sete filhos, mas as crianças eram criadas por outras pessoas. A menina de 7 anos voltou a morar com a mãe há cerca de três meses, quando a mulher que tomava conta dela faleceu.
Segundo a Polícia Civil, a menina segue internada, sem previsão de alta médica. Exames médicos apontaram fratura do osso nasal; presença de enfisema profundo em partes moles na região cervical baixa; presença de volumosa ascite com laceração pancreática grau III na região proxima do corpo do pâncreas e presença de gás pararretal.
A delegada responsável pelo caso vai conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira (26) para dar mais detalhes sobre o caso.