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Thais Borges ( )
Se a Educação na Bahia fosse uma aluna, ela
estaria reprovada. E isso não é exclusividade de uma rede ou de outra – mas
como um todo. Por aqui, ainda não alcançamos as metas do movimento Todos Pela
Educação (TPE), fundado em 2006 para garantir Educação de qualidade no país a
todas as crianças e jovens até 2022.
No
relatório bienal divulgado hoje, o estado fica aquém dos resultados desejados
nas duas metas avaliadas – a Meta 1, que prevê que toda criança e jovem de 4 a
17 anos esteja na escola; e a Meta 4, que define que todo jovem de 19 deve ter
concluído o Ensino Médio. A metodologia analisa os dados da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2015. A Bahia está abaixo a média brasileira
em todos os indicadores, mas a situação do país é também crítica: o Brasil não
atingiu nenhuma meta.
Hoje,
94% dos baianos de 4 a 17 anos estão na escola. Só que, para chegar a 100% em
2022, o índice deveria ter chegado a pelo menos 96,2% em 2015. Isso interfere
diretamente na meta 4. Para ser cumprida, atualmente, o número de alunos que
concluiu o Ensino Fundamental aos 16 anos em 2015 deveria ter sido de 84,2% -
mas foi de 62,3%. Nas condições ideais, a Bahia teria 67,6% de concluintes do
Ensino Médio com idades até 19 anos, mas tem 47,4%.
Para
o gerente-geral do movimento TPE, Olavo Nogueira Filho, os dados revelam duas
coisas. Primeiro, que a questão do acesso à escola não foi superada, como
defendem alguns especialistas. Na Bahia, 211 mil crianças e adolescentes de 4 a
17 anos não estudam.
Depois,
vem a qualidade – que, para Olavo, precisa ser relacionada à falta de acesso.
“Os mecanismos até hoje existentes mostram desgaste ou, mais que isso, começam
a indicar que, para que a gente consiga incluir todos os alunos, principalmente
no Ensino Médio, precisamos discutir qualidade de maneira enfática”.
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