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Estadão Conteúdo
O advogado do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu as suspeitas relacionadas pela
Procuradoria-Geral da República e disse que ele "não cometeu qualquer ato
ilícito antes, durante ou após deixar o cargo de Presidente da República".
"Delações são versões unilaterais de pessoas que
negociam a liberdade ou benefícios com os acusadores e por isso não configuram
prova. O vazamento de material sigiloso, mesmo que sem qualquer valor
probatório, apenas serve para prejudicar o trabalho da defesa e criar um
ambiente artificial de culpabilidade, situação recorrente e que se tornou marca
da Lava Jato, sem qualquer punição", diz o advogado Cristiano Zanin
Martins, em nota.
Os advogados do
ex-ministro Antonio Palocci não foram localizados ontem até a publicação desta
matéria.
Já a defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
classificou a acusação de que pediu dinheiro para a campanha do aliado Henrique
Alves como "falsa". "Essa é mais uma acusação falsa e totalmente
desprovida de provas deste ilícito concerto de delatores", disse Pedro Ivo
Velloso, um dos advogados do ex-presidente da Câmara.
O advogado do senador Valdir Raupp, Daniel Gerber, disse
que a defesa só comentará nos autos o teor das acusações.
Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado do senador Edison
Lobão (PMDB), afirmou que os novos depoimentos não o "impressionam",
pois são a repetição de "histórias antigas" já ditas anteriormente
por outros delatores, sem trazer qualquer novidade ou prova material de que seu
cliente se envolveu em ilicitude. Segundo o criminalista, a colaboração da
Odebrecht mostra que um executivo repete a versão do outro "apenas de
ouvir falar", sem ter participado efetivamente dos fatos narrados.
O jornal "O Estado de S. Paulo" enviou
mensagens para a defesa de Henrique Alves, mas não obteve resposta até a
conclusão desta matéria.