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Beth
Moreira, do Estadão Conteúdo
A Petrobras informou
nesta sexta-feira (31) que o Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), após
avaliação, decidiu manter os preços do diesel e da gasolina nas refinarias,
seguindo a política de preços anunciada em outubro de 2016.
Em nota, a estatal explica que, ao longo do mês de março,
o mercado internacional de derivados registrou níveis de volatilidade elevados,
notadamente a gasolina, em razão das mudanças de especificação do produto no
hemisfério norte, necessária em função do fim do inverno.
Segundo a empresa, houve na primeira metade do mês uma
queda expressiva nos mercados europeus, revertida por altas seguidas nas
semanas finais. "Em decorrência, quando considerada somente nas posições
de início e fim de mês, essa componente teve variação inexpressiva",
afirma.
A estatal informa ainda
que a decisão também reflete o efeito combinado de desvalorização do real e
aumento no valor dos fretes marítimos, além de ajustes na competitividade da
Petrobras no mercado interno.
"A Petrobras reafirma sua política de revisão de
preços pelos menos uma vez por mês", ressalta. Segundo a empresa, os novos
preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade internacional,
conforme princípio da política anunciada, e estão alinhados com os objetivos do
plano de negócios 2017/2021.
A petroleira lembra ainda que, como a lei brasileira
garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões
feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao
consumidor. "Isso depende de repasses feitos por outros integrantes da cadeia
de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores",
afirma.
Segundo a empresa, o efeito da manutenção de preços nas
refinarias é neutro para o consumidor final, desde que não haja alterações nas
demais parcelas que compõem o preço.
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