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Cristina Indio do Brasil, da Agência Brasil
A
Petrobras reduziu em 5,4% o preço médio da gasolina nas refinarias e em 3,5%, o
do diesel. Segundo a companhia, a decisão é resultado da avaliação feita pelo
Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), acompanhando a política de preços
anunciada em outubro do ano passado.
A estatal destacou que,
como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de
combustíveis e derivados, as revisões feitas para as refinarias podem, ou não,
se refletir no preço final ao consumidor. “Isso depende de repasses feitos por
outros integrantes da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e
postos revendedores.”
Pelos cálculos da Petrobras, caso o ajuste seja repassado
integralmente e não haja alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao
consumidor final, o custo do diesel para o consumidor final pode cair 2,2%, ou
cerca de R$ 0,07 por litro, em média; e o da gasolina, 2,4%, ou R$ 0,09 por
litro, em média.
Influências
Conforme a empresa, o aumento significativo nas importações no último mês, contribuiu, predominantemente, para a redução, porque obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno. A empresa acrescentou que a política seguida tem como princípio a sua participação de mercado, que é também um dos componentes de análise considerado pelo GEMP.
Conforme a empresa, o aumento significativo nas importações no último mês, contribuiu, predominantemente, para a redução, porque obrigou ajustes de competitividade da Petrobras no mercado interno. A empresa acrescentou que a política seguida tem como princípio a sua participação de mercado, que é também um dos componentes de análise considerado pelo GEMP.
A Petrobras informou que a importação de gasolina por
terceiros para o mercado interno passou de 240 mil metros cúbicos (m3), em
fevereiro, para 419 mil, em abril, e a previsão é que se mantenha em torno
deste nível em maio. Já com relação ao diesel, a importação subiu de 564 mil
m3, em fevereiro, para 811 mil, em abril. A expectativa é superar 1 milhão de
metros cúbicos em maio. “Com isso, as refinarias da Petrobras podem chegar a um
fator de utilização abaixo do último dado divulgado pela companhia em seus
resultados trimestrais, que foi de 77%”, acrescentou a estatal.
O GEMP avaliou ainda os fatores relacionados ao preço dos
derivados no mercado internacional e a oscilação da moeda nacional. A conclusão
foi que os novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade
internacional. Assim, de acordo com a companhia, permanece o alinhamento à
política anunciada e aos objetivos do plano de negócios 2017/2021.
Outra avaliação feita foi com relação à política de
preços com correções, pelo menos, mensais. Conforme o comitê executivo, embora
seja um avanço significativo em relação ao sistema anterior, essa política não
tem refletido “tempestivamente as volatilidades de preços internacionais de
derivados e câmbio entre as datas dos reajustes, fato agravado pelo acréscimo
recente na volatilidade da taxa de câmbio”. Segundo a Petrobras, essa
constatação tem sido, crescentemente, parte das discussões do GEMP e pode
fundamentar ajustes de preços mais frequentes.
Tópicos:
ECONOMIA