Por: Renato
Gonçalves da Silva
Com quase
vinte anos de implantação do Projeto de Irrigação de Ponto Novo no Norte da
Bahia; as famílias reassentadas que foram retiradas da margem do Rio Itapicuru
para construção da Barragem de Ponto Novo vivem umas das piores fases da sua
história. Além de não poderem produzir porque interromperam a irrigação, até a
água para consumo humano está ameaçada; além de ser insuficiente para o consumo
diário de cada família, agora a Embasa órgão responsável para distribuir a água
quer se eximir dessa responsabilidade. Nem o Poder Público Municipal nem
Estadual apontam alternativas para solução desse problema. Enquanto isso, as
famílias que já passam dificuldade para garantir alimentação; nem água que é um
direito universal conseguem. O que esquecem é que essas pessoas foram retiradas
de suas origens para implantação da barragem, existe uma responsabilidade
social que não deve ser esquecida. Também não é de estranhar como
historicamente essas pessoas foram tratadas pelas lideranças políticas, que
ficam brigando pra ver quem vai trazer o delegado pra cidade e não dá
importância devida ao projeto. Não que não seja importante a vinda de um
delegado, mas, a urgência é garantir a sobrevivência das famílias e manter
forte a economia do município.