(Foto: EBC) |
Priscila
Natividade ( )
Os dados mais recentes
do varejo brasileiro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), indicam situação ainda difícil para o comércio em 2017. As
vendas subiram 1,50% em abril ante março e recuaram 0,4% em relação a abril de
2016. No acumulado deste ano, há queda de 1,8% e, nos 12 meses até abril, baixa
de 6,3%.
Cenário que preocupa o setor, sobretudo com relação ao
investimento em estoque e às contratações temporárias para as vendas de final
de ano, como afirma o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador
(CDL), Alberto Nunes. “Passamos os meses de janeiro a abril com a mesma
recessão de 2016. Mesmo com essa sinalização de melhora após a liberação do
saque das contas inativas do Fundo de Garantia, a gente ainda não consegue
prever o que vai acontecer no segundo semestre”.
Para o presidente da
Federação do Comércio de Bens, Serviços do Estado da Bahia (Fecomércio-BA),
Carlos Andrade, enquanto a crise política não for resolvida fica difícil voltar
a crescer. “Tínhamos uma expectativa de que a situação iria melhorar e aí houve
essa recaída na política, o que coloca toda a economia em uma situação muito
díficil”.
A aposta do comércio está na disposição do consumidor em
buscar descontos, embora esteja com orçamento apertado. Segundo levantamento
feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), sete em cada dez (74%)
consumidores pedem descontos ao realizar compras. Além disso, 76% deles se
sentem mais estimulados a pedir descontos nos pagamentos à vista.
"Sabemos que a compra no dinheiro requer renda,
porém o consumidor está cada vez mais consciente em relação ao que ele
compra. Com isso, a compra à vista vai estimular ele a juntar mais dinheiro,
barganhar um preço mais barato e isso vai ajudar muito", destaca o
superintendente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL),
Everton Correia.
Tópicos:
ECONOMIA