Campanha 'Julho Amarelo' alerta para prevenção e riscos das hepatites virais

(Foto: Divulgação/Prefeitura da Capital)


Fonte: Diário Digital 

Todos os anos, o mês de julho é marcado por mais uma mobilização da sociedade, com ações voltadas à prevenção dos diversos casos de hepatites. Nestes 31 dias do chamado “Julho Amarelo”, as unidades básicas de saúde (UBS) e de saúde da família (UBSF) vão intensificar as informações à população quanto a importância do diagnóstico precoce destas infecções. A partir de iniciativa e propostas brasileiras, a Organização Mundial de Saúde (OMS), durante Assembleia Mundial da Saúde realizada em maio de 2010, instituiu a data de 28 de julho como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A testagem rápida para as hepatites B e C está disponível em todas as UBS e UBSF é a maneira precoce para o diagnóstico da doença. Para saber se há a necessidade de realizar os exames que detectem as hepatites observe se você já se expôs a algumas dessas situações:
Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E); Transmissão sanguínea: praticou sexo desprotegido, compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam; da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B,C e D) No caso das hepatites B e C é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.


Vacina - Todas as UBSs e UBSFs realizam a vacinação contra as hepatites A e B. A vacina para hepatite A é aplicada nas crianças até os 12 meses de vida. Já para a hepatite B é administrada ao nascer e pode, também, ser realizado o esquema vacinal com três doses em qualquer idade, incluindo adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

Hepatites - As hepatites são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Elas causam a inflamação do fígado por meio de vírus, uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, além de doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas quando aparecem podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite.
A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isto quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo.
Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas, quanto crônicas de infecção, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.

As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites e ajuda a traçar diretrizes de políticas públicas no setor.

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