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Garota foi morta pelo vizinho (Reprodução) |
Fonte: Correio 24h
Um adolescente de 13 anos foi apreendido
acusado de matar a vizinha, Tamires Paula de Almeida, 14, na tarde desta
quarta-feira (23), em Goiânia (GO). O crime aconteceu na escadaria do prédio
onde os dois viviam - eles também estudavam na mesma escola.
Segundo
a polícia, o crime aconteceu por volta das 13h, quando os dois seguiam para o
colégio. A garota encontrou o vizinho no elevador e pouco depois foi atacada. "Ele
a arrastou até a escada de incêndio e a esfaqueou. A vítima foi atingida por
cerca de dez facadas espalhadas pelos braços, pescoço e tórax", contou ao
G1 o capitão da Polícia Militar Leonidio Alves de Moraes Júnior. O corpo foi deixado
próximo a uma saída de emergência.
O
adolescente então seguiu para a escola, onde confessou o crime para um
coordenador. Uma equipe da escola correu para o prédio para tentar socorrer
Tamires. A própria diretora do colégio foi uma das primeiras a ver a garota
morta, ficando bastante abalada. "Uma pessoa foi ao corredor e, sem
saber, pediu ajuda no apartamento que era da mãe da vítima. Ela se deparou com
a própria filha morta. Foi uma ocorrência muito traumática", acrescenta o
PM. Como o colégio é próximo, muitos alunos acabaram indo para a frente do
edifício onde o crime aconteceu.
A uma psicóloga da Secretaria Municipal de
Educação e Esporte e colegas, o adolescente contou que cometeu o crime porque
deu "vontade", segundo o jornal O Popular. Já à polícia, ele acrescentou
que tinha uma lista com dois nomes de pessoas que gostaria de matar - ambas
pessoas da escola que ele não gostava. Disse, contudo, que não conhecia Tamires
direito e que a morte dela foi "aleatória". Colegas afirmaram que o
garoto era "estranho" e não tinha muitos amigos na escola.
Um
vizinho contou que todos do prédio estão chocados com o crime. Ele disse que
sempre se encontrava com o adolescente suspeito. "É um condomínio
muito familiar. Envolve duas crianças, assusta. Até porque não se sabe o que
ocorreu ao certo".
A
polícia não sabe o que motivou o crime. O delegado Paulo Ribeiro, da Delegacia
Estadual de Investigação de Homicídios, afirma que o sistema de vídeo do prédio
não registrou o homicídio. "As câmeras de segurança mostram ele (adolescente
detido) descendo do elevador e saindo do prédio, mas elas não registraram o
crime". As imagens não permitem ver se o menino deixou o edifício com uma
faca ou outra arma.
A
adolescente estudava o 9º ano do ensino fundamental e morava com a mãe - o pai
trabalha viajando. Uma vizinha contou que a mãe da garota passou mal ao saber
da morte e precisou ser internada no Hospital Jardim América, mas recebeu alta
no final da tarde. Amigos que contaram que apesar de morarem no mesmo prédio e
estudarem na mesma escola, Tamires e o suspeito não tinham relação próxima.
A
mãe do suspeito também passou mal e precisou ser encaminhada a uma unidade de
saúde. Ela afirmou que o filho não tinha nenhum problema mental nem estava
deprimido. Afirmou também que o garoto não tomava nenhuma medicação controlada.
O pai dele também estava bastante abalado e preferiu não falar com a imprensa.