Daniel Ferreira/Metrópoles
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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia
afirmou ter pedido uma “investigação imediata” sobre as citações dos ministros
da Casa no áudio que vazou sobre a delação da JBS.
“Agride-se, de maneira inédita na história do país,
a dignidade institucional deste Supremo Tribunal e a honorabilidade de seus
integrantes. Impõem-se, pois, com transparência absoluta, urgência, prioridade
e presteza a apuração clara”, defendeu a ministra.
Cármen disse que o pedido foi enviado ao
diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, e ao procurador-geral
da República, Rodrigo Janot. A presidente da Corte estabeleceu data para início
e conclusão da investigação.
Uma conversa entre Joesley Batista e seu funcionário Ricardo Saud, já em
análise pelo STF, mostra os ex-executivos da JBS negociando o pagamento de
propina aos políticos. Nomes de ministros do Supremo também são mencionados:
Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e a presidente da Corte, Cármen Lúcia. Em
nenhuma delas, há atribuição a nenhum tipo de crime. O ex-ministro da Justiça
José Eduardo Cardozo é citado em trechos das gravações. Segundo os delatores,
“se pagassem” o petista, “pegariam o Supremo”.
Desculpas
Em nota, Joesley Batista e Ricardo Saud pediram “as mais sinceras” desculpas e informaram que não têm conhecimento de “nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades”.
Em nota, Joesley Batista e Ricardo Saud pediram “as mais sinceras” desculpas e informaram que não têm conhecimento de “nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades”.
“A todos que tomaram conhecimento da nossa conversa, por meio de áudio
por nós entregue à PGR, em cumprimento ao nosso acordo de colaboração,
esclarecemos que as referências feitas por nós ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral
da República e aos Excelentíssimos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo
Tribunal Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade. Não temos
conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas autoridades. O
que nós falamos não é verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato
desrespeitoso e vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos
Ministros e Ministras do Supremo Tribunal Federal, ao Procurador-Geral da
República e a todos os membros do Ministério Público”, diz a nota.