(Foto: Reprodução/TVGlobo/Almir Padial) |
Um confronto entre policiais civis e
integrantes de uma quadrilha fortemente armada terminou com dez suspeitos
mortos no Jardim Guedala, região do Morumbi, zona sul da capital, na noite
deste domingo (3). Entre os mortos está o homem apontado pela Polícia Civil
como líder do bando, conhecido apenas como Sassá, especializado em roubos a
residências, caixas eletrônicos e bancos. Quatro agentes ficaram feridos por
estilhaços no tiroteio.
Segundo
investigadores, a quadrilha havia invadido uma mansão de dois pavimentos, de um
empresário, na Rua Puréus, e dominado três mulheres e uma criança. Eles
chegaram a quebrar a parede para acessar o cofre, mas perceberam a chegada de
policiais e tentaram fugir.
Agentes
do Departamento de Investigações Criminais (Deic) chegaram em viaturas
descaracterizadas e surpreenderam os suspeitos por volta das 19h30. Os
integrantes do bando estavam em um Fiat Toro vermelho, tentaram subir a rua e
colidiram com um veículo da polícia. Três suspeitos morreram dentro do carro.
Outros dois fugiram a pé,
mas acabaram baleados e mortos. Um na Rua Melo Morais Filho; e Sassá na Santo
Eufredo. "O tênis que ele está usando é do meu pai", disse um morador
que teve a casa invadida em um domingo de agosto, apontando o corpo. "Levaram
tudo: joia, relógio e até as malas da gente." No muro do local, ainda era
possível ver as marcas de sangue no início da madrugada desta segunda-feira (4)
Foto: Polícia Civil/Divulgação |
Os criminosos que estavam no Santa Fé, de
cor prata, tentaram descer a rua, foram perseguidos e bateram em um poste.
Cinco ocupantes do veículo morreram no confronto. O tiroteio foi intenso e os
agentes do Deic pediram reforço ao Garra. Quatro fuzis foram apreendidos.
Segundo a polícia suspeita, estariam sendo usados pelos assaltantes que estavam
na contenção. Há suspeita de que uma parte do grupo conseguiu fugir.
A
quadrilha era alvo de investigação do Deic havia meses e atacava casas de luxo
na região do Morumbi. Um juiz chegou a ser vítima dos criminosos, segundo a
Polícia Civil. Os mortos eram da região do Capão Redondo, na zona sul, e de
Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
Após
o confronto, os corpos ficaram caídos em quatro locais diferentes. Cinco deles
foram enfileirados no cruzamento da Puréus com a Rua Melo de Morais Filho, ao
lado do Santa Fé, que ficou batido em um poste, alguns metros abaixo da casa
alvo do assalto. Pouco acima, na Puréus, havia mais três cadáveres ao lado do
outro veículo. Outro corpo ficou caído na Melo Morais Filho.
Vizinhos
Moradores afirmam que os bandidos estavam "aterrorizando o Morumbi". O administrador Alfredo Barbosa, de 60 anos, afirma que ouviu mais de cem disparos de arma de fogo durante a operação policial. "Foram uns 20 minutos de tiroteio, pensei até que era um balão soltando fogos, só depois que eu vi uma mensagem do pessoal, falando que tinha morto", relatou.
Moradores afirmam que os bandidos estavam "aterrorizando o Morumbi". O administrador Alfredo Barbosa, de 60 anos, afirma que ouviu mais de cem disparos de arma de fogo durante a operação policial. "Foram uns 20 minutos de tiroteio, pensei até que era um balão soltando fogos, só depois que eu vi uma mensagem do pessoal, falando que tinha morto", relatou.
Morador
da região há 20 anos, Barbosa diz que soube de vários assaltos a residência e
ele mesmo foi vítima de uma invasão há quatro anos. "Eles chegaram a
dominar a empregada, mas não conseguiram passar pela segurança", disse.
Outros casos
Em novembro, dois suspeitos de roubos a residência no Morumbi foram presos pela Polícia Civil. Um deles trabalhava havia mais de 20 anos como vigilante e seria responsável por dar "dicas" para o grupo, que teria feito uma centena de ataques, incluindo o assalto à casa do empresário Adhemar César Ribeiro, cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que chegou a ser agredido durante a ação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em novembro, dois suspeitos de roubos a residência no Morumbi foram presos pela Polícia Civil. Um deles trabalhava havia mais de 20 anos como vigilante e seria responsável por dar "dicas" para o grupo, que teria feito uma centena de ataques, incluindo o assalto à casa do empresário Adhemar César Ribeiro, cunhado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que chegou a ser agredido durante a ação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.