(Foto: Arisson Marinho/CORREIO) |
Em dois anos, as
universidades e organizações de pesquisa científica do Brasil deixaram de
receber mais de R$ 12 bilhões de verba. Isso significa uma perda de R$ 500 mil
por hora. Para expor a crise orçamentária, a Universidade Federal da Bahia
(Ufba) inaugurou nesta segunda-feira (16) o “tesourômetro”, um painel
eletrônico que mede, em tempo real, os cortes dos orçamentos das instituições
de ensino superior públicas e na ciência. A estreia do contador ocorreu durante
a abertura do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão da universidade, que vai
até esta quarta.
O equipamento estima as perdas a partir das previsões de
cortes no orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações (MCTI), previstos para as universidades federais e para a
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Na Bahia, a instalação do tesourômetro é fruto de uma
parceria da Ufba com a Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) e
faz parte da campanha Conhecimento Sem Cortes, realizada por cientistas,
estudantes, professores, pesquisadores e técnicos. O contador está funcionando
na frente da Reitoria da instituição, no bairro do Canela, em Salvador.