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Fonte: Correio 24h
Ficou na Bahia, mais
especificamente no Nordeste do estado, o título de cidade mais pobre do Brasil.
A ‘conquista’ é de um município que, ironicamente, se chama Novo Triunfo. De
acordo com a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2015, divulgada
nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a cidade do semiárido baiano gerou apenas R$ 3.369,79 de riqueza
por habitante. Para efeito de comparação, o PIB per capita brasileiro (ou seja,
a média nacional) naquele ano foi de R$ 29,3 mil.
O primeiro colocado é o município de Presidente Kennedy,
no Espírito Santo, que registrou, em 2015, R$ 513.134,20 de riqueza por
morador. Em segundo lugar, aparece Paulínia, em São Paulo, com R$ 276,9
mil.
"O município Novo
Triunfo (BA) com R$ 3.369,79 apresentou o menor PIB per capita em 2015.
Observa-se que nesse município a Administração, defesa, educação e saúde
públicas e seguridade social participava com 65,7% do valor adicionado bruto
total", destaca a pesquisa, ao justificar a posição (5.570ª) ocupada pela
cidade baiana, que se emancipou em 1989.
O município baiano mais bem colocado no ranking é São
Francisco do Conde, no Recôncavo, que ocupa agora o 8º lugar. Ela tem em comum,
com boa parte dos municípios que está no topo da lista, uma baixa densidade
demográfica e a presença de uma indústria de petróleo ou refino.
“Os municípios Presidente Kennedy (ES), São João da Barra
(RJ) e Ilhabela (SP) eram produtores de petróleo e Paulínia (SP) e São
Francisco do Conde (BA) tinham indústria do refino. Louveira (SP) concentrava
centros de distribuição de grandes empresas e Triunfo (RS) era sede de polo
petroquímico. Já Selvíria (MS) e Araporã (MG) possuíam hidroelétrica, enquanto
Gavião Peixoto (SP) tinha indústria de outros equipamentos de transporte. Em
comum esses municípios possuíam baixa densidade demográfica, juntos somavam
1,3% do PIB brasileiro e apenas 0,1% da população", aponta o levantamento.
Ao CORREIO, o coordenador
de Contas Regionais e Finanças Públicas da SEI, João Paulo Caetano Santos,
comentou a queda no ranking de São Francisco do Conde, que já chegou a liderar
em PIB per capita no país: “De 2011 a 2014, São Francisco do Conde foi muito
afetado pela queda do preço do petróleo. Ele voltou a se destacar por causa
pelo refino, que teve preço favorável em 2015. Basicamente todo PIB da cidade
gira em torno disso e por isso ela voltou a configurar entre os maiores do
Brasil”.
Em 2015, 3.170 municípios (56,9% do total) tinham como
principal atividade econômica, a exemplo de Novo Triunfo, a administração,
defesa, educação e saúde públicas e seguridade social. Excluindo o serviço
público, em 3.129 municípios (56,2% dos municípios do país) a agropecuária era
a principal atividade econômica.
“São municípios pequenos, com pouca produção e com uma
população muito maior que o PIB dele. Eles não geram riqueza e renda, são muito
dependentes da administração pública. Em muitos deles, a renda disponível é proveniente
dos aposentados e de programas de proteção social”, avaliou Frederico Cunha,
gerente das contas regionais do IBGE.
MAIORES PIBS PER CAPITA DA BAHIA (EM REAIS)
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MENORES PIBS PER CAPITA DA BAHIA (EM REAIS)
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MAIORES PIBS PER CAPITA DO BRASIL (EM REAIS)
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MENORES PIBS PER CAPITA DO BRASIL (EM REAIS)
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