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Felipe Pontes, da Agência Brasil
O ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo
Tribunal Federal (STF), revogou a prisão domiciliar de Andréa Neves, irmã do
senador Aécio Neves (PSDB-MG), bem como do primo do senador, Frederico Pacheco.
O
ex-assessor parlamentar Mendherson de Souza Lima também teve revogada sua
prisão domiciliar. O três foram denunciados junto com Aécio Neves por corrupção
passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tentativa de obstruir
investigações.
O inquérito é decorrente da delação premiada
do empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Além
de não ficarem mais presos em casa, os três tiveram revogadas todas as outras
medidas cautelares que pesavam sobre eles, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica,
a proibição de deixar o país e de se comunicar com outros investigados.
Marco
Aurélio atendeu a pedidos feitos pelas defesas de Mendherson e Frederico
Pacheco, que alegaram duração exagerada das medidas cautelares, mesmo após a
apresentação de denúncia contra eles. O ministro estendeu sua decisão,
liberando também Andréa Neves.
Inquérito
O inquérito apura o pedido, feito por Aécio Neves a Joesley Batista, de R$ 2 milhões para pagar advogados. Para a procuradoria-geral da República, o dinheiro teria sido solicitado em troca de atuação política a favor da JBS. O senador nega e diz não haver ilegalidade, tratando-se de um empréstimo pessoal.
O inquérito apura o pedido, feito por Aécio Neves a Joesley Batista, de R$ 2 milhões para pagar advogados. Para a procuradoria-geral da República, o dinheiro teria sido solicitado em troca de atuação política a favor da JBS. O senador nega e diz não haver ilegalidade, tratando-se de um empréstimo pessoal.
Andrea,
Mendherson e Frederico Pacheco seriam intermediários no esquema. Os três
chegaram a ser presos em regime fechado, mas estavam em prisão domiciliar desde
junho.
Aécio
Neves também foi alvo de medidas cautelares, como o recolhimento noturno,
impostas pela Primeira Turma do STF, em decorrência do mesmo inquérito, mas as
cautelares contra o senador foram depois revertidas pelo plenário do Senado.