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Foto: DW / Deutsche Welle |
Ao todo foram geradas 45 milhões de toneladas de resíduo
eletrônico, que inclui de celulares a geladeiras, mas apenas 20% foram
reciclados. Matérias-primas no valor de 55 bilhões de euros foram parar no
lixo.A quantidade de lixo eletrônico gerada em 2016 alcançou o recorde de 45
milhões de toneladas, revelou um estudo da ONU divulgado nesta quarta-feira
(13/12). Com o descarte de televisões, celulares e outros produtos, são
desperdiçados metais, como ouro e cobre.
O volume de lixo eletrônico descartado em 2016 aumentou
8% em relação a 2014, quando foi de 41 milhões de toneladas. Segundo o estudo,
elaborado pela Universidade da ONU em parceria com a União Internacional de
Telecomunicações da ONU e Associação Internacional de Resíduos Sólidos, o peso
do lixo eletrônico gerado no ano passado é equivalente a cerca de 4,5 mil
Torres Eiffel.
Matérias-primas
encontradas no lixo eletrônico
Salários mais altos e preços de eletrônicos em queda,
desde painéis solares até geladeiras, são os principais fatores que
impulsionaram o aumento da quantidade de eletrônicos jogados fora. O consumismo
e o valor de consertos, que muitas vezes custam mais que comprar um aparelho
novo, também contribuíram para esse crescimento.
O estudo mostrou ainda que apenas 20% do lixo eletrônico
gerado no ano passado (8,9 milhões de toneladas) foram reciclados em 2016. A
grande maioria destes resíduos - que incluem tudo que possui bateria ou precisa
ser ligado na tomada - acaba em aterros sanitários, mesmo que a reciclagem faça
sentido economicamente. O valor das matérias-primas, entre elas, ouro, cobre,
platina e paládio, contidas neste lixo em 2016 é estimado em 55 bilhões de
euros.
"Ainda é chocante que apenas 20% destes resíduos
sejam coletados e reciclados", afirmou o diretor do Programa de Ciclos
Sustentáveis da Universidade da ONU, Ruediger Kuehr.