(Reprodução) |
Fonte:
Correio 24h
A professora Danielle Christina Lustos Grohs foi achada
morta dentro de casa em Palmas, no Tocantins, na noite da segunda-feira (18). O
marido da pedagoga, o médico Álvaro Ferreira da Silva, é o principal suspeito e
está foragido. Ele havia sido preso no sábado e foi solto após audiência de
custódia no domingo. As informações são do G1 TO.
O advogado de Danielle, Edson Monteiro de Oliveira Neto,
afirmou que Álvaro já tinha ameaçado a professora de morte várias vezes. O
corpo dela foi achado de bruços na cama, com sinais de enforcamento. A polícia
foi acionada pelo próprio defensor, que passou o dia tentando entrar em contato
com Danielle sem sucesso.
O casal viveu junto por quase 20 anos, de 1997 a 2016. A
separação no ano passado não foi amigável. Irritado, Álvaro chegou a ordenar
que a água do imóvel onde a ex-mulher ficou fosse desligada. Eles tinham brigas
contantes. No sábado, ele invadiu a casa e tentou esganar a ex-mulher, quando
foi preso em flagrante. Na queixa contra o marido, a professora disse ainda que
Álvaro descumpriu uma medida protetiva que o obrigava a não se aproximar dela.
Soltura
Um dia depois de ser preso, o médico foi levado para
audiência de custódia. A promotoria pediu que ele seguisse detido, mas o juiz
Edimar de Paulma, depois de ouvir o suspeito, determinou que sua prisão não era
necessária e ordenou que ele fosse solto sem pagar fiança. O médico negou em
depoimento que tinha agredido a ex.
Na segunda, acredita a polícia, ele voltou para a casa de
Danielle e a matou. Na terça, o foragido enviou mensagens para Simara Lustosa,
sua ex-sogra, afirmando que já saiu de Palmas e que considera a Lei Maria da
Penha, instrumento para proteger mulheres de agressões de companheiros,
"fraudulenta".
A mãe da vítima viajou para o velório da filha em Palmas
nesta quarta. O corpo de Danielle será levado depois para Curitiba, no Paraná,
onde acontecerá um novo velório para a família e o sepultamento.
Familiares e amigos usaram as redes sociais para lamentar a
perda. O irmão, Gabriel Grohs, relembrou mensagem enviada momentos antes da
morte. "Vai ficar na memória eternamente sua última mensagem (Amo você)
provavelmente umas das últimas que conseguiu enviar minutos antes de partir.
Que Deus te receba, e que a Justiça seja feita aqui na terra". Um amigo,
José Vieira, relembra a última conversa com a professora. "No sábado, na
parte da tarde, eu não sei que horas, teve um problema entre eles aqui. Ela foi
agredida. Ela ligou para mim no domingo, nós conversamos, ela falou desse
episódio. Simplesmente, deixou de atender o celular, não compareceu ao trabalho
e lamentavelmente o desfecho é esse que você está vendo".