Foto: Mauro Akin Nassor/Arquivo CORREIO |
Júlia
Vigné/Correio 24h
Domingo é o dia em que o número de acidentes e óbitos é
mais registrado nas rodovias federais que cortam o estado da Bahia. Um
levantamento divulgado nesta segunda-feira (29) pela Polícia Rodoviária Federal
(PRF) aponta que 22% dos 4.549 acidentes registrados ocorreram no dia, e 25%
dos 580 óbitos que ocorreram no estado aconteceram também nos domingos.
O final de semana (sexta a domingo), em geral, é o período
em que as rodovias baianas mais registram acidentes e óbitos, com mais de 50%
dos números. Sábados registraram 20% dos acidentes e 19% dos óbitos, enquanto
sextas-feiras ficaram com 14% nos dois indicadores.
Apesar de um número grande, 4.549 acidentes representa uma
queda de 16% no número que foi registrado em 2016: 5.408. O número de óbitos
também teve uma queda de um ano para o outro. Enquanto em 2016 foram
registrados 614 óbitos, em 2017 foram 580, 6% a menos.
A BR-101 continua sendo a estrada mais letal da Bahia, com
33% do número registrado durante o ano. Ela é seguida da BR-116, com 30%; da
BR-324, que teve 11% dos óbitos; da BR-242, com 10% dos óbitos; da BR-110, com
9%, e a menos letal foi a BR-407, com 7% dos casos.
A PRF atribui a diminuição de acidentes à implementação de
medidas de fiscalização e planejamento, que teriam ocorrido em 2012. De acordo
com a instituição, caso as medidas não fossem realizadas, “poderíamos chegar a
2017 com alarmantes 15.198 acidentes por ano”, contra os 4.549 registrados, o
que significa 70% menos acidentes do que a projeção feita em 2011.
Arte: CORREIO Gráficos |
Outros
indicadores
Do total de acidentes registrado em 2017, 29,23% foram
provocados pela falta de atenção dos condutores. A velocidade maior do que a
via foi o segundo maior fator, com 14,19%, seguida das ultrapassagens indevidas
(12,14%).
Com relação aos óbitos, 38,8% das mortes que ocorreram em
rodovias baianas em 2017 foram em decorrência de acidentes do tipo colisão
frontal. Em seguida vem o atropelamento de pedestres, com 13,85%. Depois,
capotamento (11,45%), colisão transversal (9,75%) e colisão traseira (6,67%).
Os acidentes graves também tiveram uma redução de 2016 para
2017. Foram 8% a menos, saindo de 1.258 em 2016 para 1.159 no ano passado. Para
serem considerados graves, as consequências dos acidentes devem atingir mais do
que a esfera dos bens materiais, atingindo também a integridade física das
pessoas, ou causando ferimento grave ou morte.
Da mesma forma que os acidentes, a projeção feita em 2012
foi maior do que a registrada. O número esperado era de mais 10.452 acidentes
graves. Com relação às pessoas feridas, a redução foi de 473 registros. Em
2017, foram 5.151 feridos, enquanto em 2016 foram 4.678.