Reprodução: Bocão News |
Por
Alexandre Galvão e Matheus Morais/ Metro 1
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Anselmo
Brandão, afirmou que o cantor Igor Kannário é “marginal”. A afirmação veio após
uma pergunta sobre a postura do artista, que acusou a PM de agredir foliões durante
o Carnaval de Salvador.
“Kannário foi muito infeliz naquela colocação. Foi colocada
uma imagem de frente, mas ninguém viu o que veio atrás. Quando a PM chegou na
frente, a briga já era generalizada. Infelizmente [Kannário] é um marginal, já
prendemos ele várias vezes. Fico chateado quando vejo dando espaço a ele.
Infelizmente ele não pode colocar um capacete [da PM] para ir à rua, pois não
reúne as condições. Ele não pede calma, como Leo Santana faz. Ele vai para
cima”, acusou.
Brandão criticou ainda o ator Bruno Gagliasso, que também
fez críticas à PM. “Eu já falei sobre isso, o ator foi infeliz. Foi muito
infeliz. É um ato isolado. Sou contra excessos. Ele tem que ir pra rua. Ele tem
que ver o que o policial passa. Não é fácil ficar no ar-condicionado, no frio,
dizendo que está errado. Se estiver errado, eu estou para corrigir. Agora não
venha querer denegrir minha corporação”, bradou.
O coronel comemorou os números da folia de Momo e
classificou a festa como “tranquila”. “Zero homicídios, redução de furtos e
roubos. Não tivemos baleados no circuito. O que as pessoas querem mais?”,
perguntou.
Para Brandão, o caso do estudante Kaique Moreira Abreu, 22
anos, agredido no bairro da Graça, foi atípico e poderia ter acontecido até
mais distante dos circuitos do carnaval. “Aquele fato ali, se vocês me
perdoarem, poderia ter acontecido até em Brotas, que não está no carnaval. Foi
um gesto de maldade, de crueldade. Como uma pessoa pega uma barra de madeira,
arremessa na cabeça da pessoa de depois sobre em um caminhão?”, indagou.