Foto: Mauro Akin Nassor |
A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda-feira (26)
sete mandados de busca e apreensão no âmbito da investigação que apura
irregularidades na contratação dos serviços de demolição, reconstrução e gestão
da Arena Fonte Nova.
A Operação Cartão Vermelho busca suspeitos de envolvimento
na fraude a licitação, superfaturamento, desvio de verbas públicas, corrupção e
lavagem de dinheiro.
Segundo investigação, a obra foi superfaturada em valores
que, corrigidos, podem chegar a mais de R$ 450 milhões.
A licitação que culminou com a Parceria Público Privada
(PPP) foi direcionada para beneficiar o consórcio Fonte Nova Participações
(FNP), formado pelas empresas Odebrecht e OAS.
Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal
da 1ª Região e estão sendo cumpridos em órgãos públicos, empresas e endereços
residenciais dos envolvidos no esquema criminoso. Os mandados têm por objetivo
possibilitar a localização e a apreensão de provas complementares dos desvios
nas contratações públicas, do pagamento de propinas e da lavagem de dinheiro.
Itaigara
São cinco equipes da PF em ação na manhã de hoje. Uma
delas, composta de menos cinco policiais federais, cumprem um dos mandados no
escritório da empresa Parceria Inteligente, que ocupa duas salas, de números 337
e 338, no Edifício Max Center, no bairro do Itaigara.
Quatro policiais, incluindo uma delegada, chegaram por
volta de 7h. Eles chegaram a entrar com duas testemunhas, um segurança e uma
funcionária da limpeza do edifício - procedimento de praxe da PF. O segurança
saiu da sala pouco depois, e se limitou a dizer que o local funciona como um
"escritório virtual" do ramo da construção civil.
Por volta de 7h30, um homem e uma mulher chegaram com a
chave da sala e entraram. À imprensa, disseram que não queriam ser filmados ou
entrevistados. Eles permanecem dentro do escritório. O quinto policial federal
chegou por volta de 7h50, acompanhado de uma mulher - possivelmente outra
funcionária do local.