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Agência O Globo
O escândalo gerado pela
revelação de que a consultoria Cambridge Analytica teve acesso aos dados de 50
milhões de usuários do Facebook trouxe à tona os riscos para a privacidade dos
internautas. A origem do vazamento das informações foi um teste de personalidade,
com perguntas usadas para traçar o perfil das pessoas. Os mais radicais podem
considerar que abandonar a rede social é a melhor forma de proteger seus dados.
Quem quer se manter conectado, no entanto, pode adotar alguns cuidados para
evitar problemas maiores.
O próprio Facebook
divulgou recentemente uma espécie de guia para ajudar os usuários a controlar
sua privacidade na rede social (Clique aqui para ler) e especialistas também
fazem uma extensa lista de recomendações. Confira as dicas a seguir:
Ajuste as configurações de privacidade
O primeiro passo para se
proteger é ajustar as configurações de privacidade no seu perfil do Facebook. É
possível minimizar as informações que compartilha de forma pública e selecionar
que apenas seus amigos vejam seus posts ou só você veja a lista de seus amigos.
Veja aqui como escolher seu público-alvo.
Leia as políticas de privacidade
Deixe a preguiça de lado e
leia todos os termos de privacidade que são apresentados quando se assina um
novo aplicativo ou ferramenta de internet. Em geral, há um contrato que prevê
os termos para o compartilhamento de dados. Se houver alguma indicação que não
concorde, o caminho é não usar o programa.
Confira os aplicativos ligados ao seu
Facebook
Ao usar o login do
Facebook para ter acesso a um outro site, jogo ou aplicativo, esses serviços
podem ter acesso a seus dados pessoais. Na sua página do Facebook, vá em
“Configurações” para saber quais são os aplicativos que estão conectados a ele.
A partir daí é possível verificar que tipo de autorização foi dada a cada
aplicativo. Apague os programas que não usa mais e reveja as permissões
daqueles que continuará usando.
Limpe periodicamente o histórico de navegação
Browsers usados para o
acesso à internet — como Chrome, Safari e Internet Explorer — vão acumulando os
dados de navegação dos usuários ao longo do tempo. Para minimizar os riscos
para sua privacidade, é recomendado que se limpe periodicamente o histórico de
navegação e também os chamados cookies, que são arquivos pequenos enviados por
sites e armazenados no navegador, onde registram dados sobre nós. Eles podem
funcionar como rastreadores de nossos passos na rede.
Fique atento a marcas desconhecidas
Há uma infinidade de
programas e aplicativos disponíveis na rede e todo cuidado é pouco. Dê
preferência a marcas ou instituições que sejam conhecidas e respeitadas. Às
vezes, há problemas mesmo que se leia as políticas de privacidade. No caso do
aplicativo “thisisyourdigitallife” — quiz de perguntas sobre personalidade que
está na origem do escândalo de uso de dados do Facebook pela Cambridge
Analytica —, os termos de privacidade previam que os dados seriam coletados
para uso acadêmico, mas não falava sobre uso comercial. Mas até quem teve
cautela nesse caso poderia ter problemas: o pesquisador era da Universidade de
Cambridge. Assim, nunca é demais pensar duas vezes antes de baixar um
aplicativo ou programa novo.
Instale bloqueadores de rastreadores
Há programas que podem ser
instalados no browser para tentar bloquear os rastreadores incluídos em sites,
como Disconnect e Privacy Badger. Há um preço a pagar, no entanto: esses
programas às vezes impedem que algumas partes de sites tenham problemas ou
simplesmente não apareçam.
Instale um bloqueador de anúncios
Outra forma de proteção é a
instalação de bloqueadores de anúncios, seja no computador ou no smartphone.
Isso porque alguns anúncios podem ser programados para rastrear e coletar
informações dos usuários. Um dos bloqueadores disponíveis é o uBlock Origin.