(Foto: AFP) |
Estadão Conteúdo
O Corpo de Bombeiros reduziu de 44 para 29 o número de
possíveis vítimas que estariam soterradas sob os escombros do prédio que
desabou na madrugada de terça-feira, 1, no Largo do Paiçandu, no centro de São
Paulo. Oficialmente, a equipe só tem certeza de uma vítima, um homem que estava
sendo resgatado do incêndio na hora da queda do edifício.
A estimativa de desaparecidos foi atualizada depois que o
serviço de assistência social da Prefeitura conseguiu localizar mais sem-teto
que estavam cadastrados como moradores do prédio ocupado no centro. Os dados da
administração municipal revelam que haviam 317 pessoas que viviam no local
consumido por um incêndio até desabar.
“Nós tivemos um número de 44 desaparecidos. Há algum tempo
recebemos informações das assistentes sociais de que o número poderia ter sido
reduzido para 29 pessoas que ainda não foram localizadas. Então são 29 pessoas
que teoricamente estavam cadastradas ou pertenciam a essa edificação mas que
eles não conseguiram localizar”, afirmou o major Max Alexandre Schroeder
Além do homem que estava sendo resgatado no momento do
desabamento, identificado como Ricardo, moradores da ocupação disseram que uma
mulher chamado Selma não teria conseguido sair do prédio com seus dois filhos
gêmeos de oito anos de idade. “Todo mundo conhecia a Selma, lutadora como a
gente. Ela morava no oitavo andar e não conseguiu sair”, contou o desempregado
Cosme Aleixo da Silva, de 54 anos.
Segundo os Bombeiros, 75 homens e mulheres da equipe de
resgate trabalham na madrugada desta quarta-feira, 2, para tentar salvar alguém
com vida dos escombros. O major Schroeder afirmou que os agentes estão usando
equipamentos menores como britadeiras para retirar as estruturas e só depois de
48 horas da tragédia, quando a chance de encontrar alguém com vida é quase
nula, que eles usaram máquinas pesadas como retroescavadeiras.