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Foto: Reprodução/TV Bahia |
Louise Queiroga, da Agência O Globo
Pagar um almoço para uma criança que vendia chicletes na
rua parecia simples para um jovem que ofereceu ajuda e levou o menino à praça
de alimentação do Shopping da Bahia, na última segunda-feira. No entanto, um
segurança do estabelecimento tentou impedir que Kaique Sofredine comprasse a
refeição para o garoto. O restaurante só serviu o prato à criança após os
supervisores do funcionário serem chamados.
Alguns clientes também se compadeceram diante da cena, que
foi gravada por uma mulher. As imagens, publicadas por Kaique em seu perfil,
viralizaram nas redes sociais. No vídeo, é possível ouvir o segurança dizendo
que estava apenas "realizando seu trabalho".
O jovem argumentava que decidiu pagar pelo prato no
restaurante do shopping e dizia para ele chamar seus supervisores. Em
determinado momento, o funcionário pegou o menino pelo braço para retirá-lo do
local, mas Kaique prontamente se colocou entre os dois e puxou a criança para
si, ressaltando que processaria o shopping pelo tratamento que recebeu.
"Estou muito revoltado com isso que aconteceu hoje
(esta segunda-feira). Fui pagar um almoço pra uma criança e o segurança disse
que ele não iria comer. Foi uma longa discussão até chamar o supervisor dele e
por fim o supervisor deixar o menino comer no shopping", escreveu no post,
em que o vídeo ultrapassou 8 milhões de visualizações.
O Shopping da Bahia emitiu um comunicado em que pede
desculpas pela situação. Segundo o estabelecimento, a conduta do segurança, ao
tentar impedir que a criança almoçasse no local, não condiz com o treinamento
recebido pelos funcionários.
Leia abaixo, na íntegra, a nota do shopping:
"O
Shopping da Bahia vem a público pedir desculpas pelo ocorrido. A postura
adotada não condiz com o treinamento recebido pelos funcionários, tanto que a
atitude tomada pelo supervisor de segurança reforça o direito do cliente e o
acolhimento com a criança. Reforçamos que nossa operação atua em alinhamento
com órgãos de defesa dos direitos humanos, como o Conselho Tutelar e o Juizado
de Menores. O empreendimento reforça ainda que, em seus 42 anos de história,
sempre teve orgulho de manter uma relação de proximidade e respeito com seus
clientes, valorizando a cultura e o povo da Bahia".