Rafael Thomé / Diário Catarinense |
Cinco pessoas foram encontradas
mortas na madrugada desta sexta-feira em um apart-hotel numa área turística de
Florianópolis. Quatro das vítimas são da mesma família, segundo a Polícia
Militar de Santa Catarina, que foi acionada por volta de 1h. Agentes da Polícia
Civil estão no local para realização de perícia. A ocorrência ainda está em
andamento.
Seis pessoas teriam sido mantidas
reféns por três homens armados entre às 16h desta quinta-feira e às 0h desta
sexta-feira. A única pessoa a sair com vida dessa situação foi uma funcionária
do hotel, que conseguiu acionar a PM. As vítimas foram identificadas como Paulo
Gaspar Lemos, de 78 anos, Leandro Gaspar Lemos, 44, Paulo Gaspar Lemos Junior,
51, Katya Gaspar Lemos, 50, e Ricardo Lora, 39, que moravam no local.
Embora os criminosos estivessem
armados, não houve registro de disparo de arma de fogo. As vítimas foram mortas
por asfixia, com base na posição em que foram encontradas: amarradas e com o
rosto voltado para o travesseio.
De acordo com o tenente-coronel
Marcelo Pontes, os suspeitos retiraram as câmeras de segurança do
estabelecimento, mas a empresa está buscando recuperar as imagens registradas
pelo monitoramento interno por meio do sistema da empresa de segurança.
— Não havia mostra de sangue ou
indício de roubo no local. Tudo leva a crer que o crime ocorreu por vingância,
um acerto de contas motivados por dívidas — afirmou Pontes ao EXTRA na manhã
desta sexta-feira.
Chegando à Rua Dr José Bahia
Bitencourt, no bairro Canasvieiras, policiais militares encontraram cinco
corpos no local, sendo que um deles estava na lavanderia, localizada no subsolo
do edifício, outros dois no segundo andar e os restantes no terceiro andar,
cada um em cada quarto.
Todas as vítimas estavam
amarradas e sem documentos de identificação. Segundo a assessoria de imprensa
da PM, foram deixadas mensagens de uma facção criminosa na parede com o intuito
de indicar o motivo do ocorrido.
Segundo informações iniciais, a
motivação, a princípio, seria um "acerto de contas" de algo que teria
se passado na cidade de São Paulo, de onde teriam vindo as vítimas. A família
teria se mudado para Florianópolis há cerca de 10 anos.
Também houve disseminação de
gasolina nos locais onde foram encontrados os corpos. Segundo informações
iniciais, as vítimas moravam no apart-hotel.