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A polícia do Rio de Janeiro investiga a relação da morte de
uma jovem e a realização de procedimentos estéticos. De acordo com as primeiras
informações, a vítima, uma modelo de 24 anos identificada como Mayara Silva dos
Santos, teria feito as intervenções na última sexta-feira, quando realizou
procedimentos nos glúteos e nas coxas, além de ter retirado gordura do abdômen.
Ela passou mal ainda na sexta, quando estava com uma amiga, e morreu.
Segundo amigos, Mayara tinha acabado de retornar ao Brasil
vinda da Dinamarca. Ela tinha uma cirurgia plástica marcada para esta
terça-feira num hospital. Porém, ela teria se encontrado com uma pessoa na
sexta-feira que a teria convencido a realizar os procedimentos a um custo muito
mais baixo. O caso foi registrado por parentes e amigos da vítima nesta
segunda-feira.
Delegacia também investiga Doutor Bumbum
Na última semana, um outro caso ganhou repercussão mundial.
O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como "Doutor Bumbum",
foi preso acusado pela morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos. O caso
também foi registrado na 16ª DP, onde é investigado.
O médico está preso desde a última quinta-feira, acusado de
realizar o procedimento que causou a morte da bancária. O GLOBO localizou uma
paciente de 27 anos, que pediu anonimato. Ela conta que ficou traumatizada e
precisou procurar um psiquiatra depois de três consultas no apartamento do
médico, na Barra da Tijuca. Em uma delas, ele teria afirmado que a paciente
iria desenvolver um câncer.
A jovem afirmou ter recebido de Denis receitas de mais de
20 medicamentos, todos fabricados pelo laboratório Essencial Farmácia de
Manipulação, do qual ele seria sócio, segundo ela. Na primeira consulta, o
médico submeteu-a a um tratamento conhecido como Termografia, que usa raios
infravermelhos para medir a temperatura de cada região do corpo. O segundo
método foi o ES Complex, que analisa, através de luz, ondas vasculares e a
variação da frequência cardíaca do paciente para, no fim, avaliar o sistema
nervoso. Ao encerrar o exame, Denis decretou que a jovem desenvolveria câncer
no esôfago.
Segundo Nelson Nahon, presidente do Conselho Regional de
Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), os tratamentos que Denis
aplicou não têm comprovação científica.