O TCM Tribunal de Contas dos Municípios investiga
Filadélfia e mais vinte e sete prefeituras e 30 Câmaras de Vereadores da
Bahia por suspeita de compra de diplomas e medalhas, por parte de prefeitos e
vereadores. A fraude dava aos políticos o título de “melhor gestor do país” e
foi denunciada no programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo (6).
Segundo o Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), entre 2017 e
2018, os gestores gastaram mais de R$ 90 mil para participar do “concurso”.
Conforme o TCM-BA, as prefeituras investigadas são as de:
Alagoinhas, Barra, Cachoeira, Caldeirão Grande, Conceição do Coité, Correntina,
Entre Rios, Fátima, Filadélfia, Gandu, Jussiape, lagoa Real, Laje, Lauro de
Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Maragogipe, Milagres, Novo Horizonte, Prado,
Ribeira do Pombal, Rio Real, São Gabriel, Sátiro Dias, Serrinha, Tabocas do
Brejo Velho e Urandi.
Já as Câmaras suspeitas são as dos municípios de:
Alagoinhas, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Brumado, Buerarema,
Canavieiras, Conceição do Jacuipe, Conde, Correntina, Formosa do Rio Preto,
Ilhéus, Itiúba, Jandaíra, Laje, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Mata
de São João, Nordestina, Oliveira dos Brejinhos, Palmas de Monte Alto, Paulo
Afonso, Piatã, Pindaí, Poções, Pojuca, Senhor do Bonfim, Taperoá, Vera Cruz e
Vitória da Conquista. O “título” é oferecido pela União Brasileira de
Divulgação (UBD), sediada em Pernambuco, e pelo Instituto Tiradentes, de Minas
Gerais. Para confirmar a fraude, um repórter do Fantástico chegou a inscrever
um jumento que foi premiado como um dos 100 melhores prefeitos do Brasil.
Quem mais gastou entre eles foi o prefeito de
Tabocas do Brejo Velho, Beto (PR), cujo "investimento" no prêmio foi
de R$ 3,6 mil. Em seguida vem Marivaldo Alves (DEM), de Sátiro Dias, com
R$ 1,4 mil, e Rosival Lopes (DEM), de Taperoá, e Pedro Cardoso, de Lagoa
Real, com 1,2 mil cada. Binho de Mota (PSB), de Laje, gastou R$ 1,1 mil,
enquanto Vera da Saúde (PR), de Maragogipe, aplicou R$ 980 para ser
premiada. Outros quatro gestores pagaram R$ 637 ao Instituto Tiradentes pelo
prêmio: Leo de Neco (PP), de Gandu; Cézar de Adério (PP), de Milagres; Carroça
(PP), de Rio Real; e Hipólito (PP), de São Gabriel. Completando a lista, cinco
prefeitos gastaram R$ 578 com as duas empresas: Louro Maia (DEM), de
Filadélfia; Dr. Éder (MDB), de Jussiape; Djalma (PP), de Novo Horizonte;
Mayra Brito (PP), de Prado; e Candinho (PDT), de Caldeirão Grande.
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