Foto: Vladimir Platonow – Rio/Agência Brasil |
Redação: Bahia.ba
Com um discurso conciliador, o candidato do PSL à
Presidência da República, Jair Bolsonaro, reiterou hoje (11) os
apelos contra a violência motivada por divergências políticas e defendeu a
união do país. Também comprometeu-se a respeitar a liberdade de imprensa e não
fazer distinção de raça, gênero e orientação sexual.
Segundo correligionários, foram anunciados, durante a
reunião com parlamentares do PSL e apoiadores, os possíveis nomes para os
ministérios da Fazenda, Defesa, Casa Civil, Ciência e Tecnologia, no caso de
vitória do candidato. Ao sair do encontro, o empresário Paulo Marinho afirmou
que Bolsonaro confirmou indicações para algumas pastas, caso seja eleito
no segundo turno das eleições.
Marinho citou como exemplos o economista Paulo Guedes para
o Ministério da Fazenda, general da reserva Heleno Augusto para a Defesa,
o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil. À Agência
Brasil, o astronauta Marcos Pontes disse ter sido convidado pelo
candidato para assumir o Ministério de Ciência e Tecnologia.
Anteriormente, Bolsonaro havia dito que pretendia fundir os
ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente em uma única pasta e deixar a
cargo da bancada ruralista a indicação do nome.
Imprensa – Bolsonaro se reuniu
com integrantes da bancada do PSL, em um hotel na Barra da Tijuca e, em seguida
concedeu entrevista coletiva à imprensa. Em vários momentos, ele chamou os
jornalistas de “amigos”.
“Pessoal da imprensa, por que não dizer ‘amigos’? Queremos
que vocês realmente sejam independentes e tenham responsabilidade em tudo
aquilo que escrevem. Vamos garantir a liberdade de imprensa, não tem aquele
negócio do controle social da mídia”, disse o candidato.
Violência – Em respostas às
críticas de que Bolsonaro prega a divisão no país, o candidato apelou em favor
da união de todos e do respeito às diferenças. “Nós acreditamos em todos no
Brasil. Vamos unir o Brasil. Brancos e negros, homos e héteros, pais e filhos,
nordestinos e sulistas, homens e mulheres, vamos unir o nosso Brasil e
pacificá-lo.”
Bolsonaro afirmou ainda que, se eleito, adotará medidas de
fortalecimento das Forças Armadas e dos agentes de segurança como forma de
garantir o cumprimento do dever e das leis. “Vamos valorizar as nossas
Forças Armadas, que são lembradas em todos os momentos difíceis da Nação. Vamos
tratar com respeito e consideração, buscar uma retaguarda jurídica para que o
nosso policial possa desempenhar bem a sua função. Vamos garantir o legítimo
direito à defesa ao cidadão de bem.”
Na reunião com os apoiadores, o candidato ressaltou que
pretende instaurar um novo modelo de fazer política no país, caso seja eleito.
“Temos a certeza que seremos um ponto de inflexão na nefasta política do ‘toma-lá-dá-cá’,
da política voltada para questões ideológicas. Vamos valorizar a família
brasileira, respeitar a criança em sala de aula, fazer negócios com o mundo
todo, sem viés ideológico. Vamos jogar pesado na questão da segurança, para que
o nosso povo possa ter paz.”