Foto: Reprodução Arquivo pessoal |
Redação:
Bahia.BA
A transexual Jullyana Barbosa, que é cantora e já atuou no
grupo Furacão 2000, foi agredida no Rio de Janeiro, com gritos de homofobia e
apologia ao candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro. Ao site UOL, ela
afirmou que o nome do presidenciável está sendo usado para justificar agressões
ao público LGBT, sejam apoiadores do candidato ou não.
A vítima passava por uma passarela quando foi ofendida.
“Antes de eu chegar na passarela, começaram a gritar ‘viado’, ‘lixo’, ‘tem que
matar esse lixo’, ‘tomara que o Bolsonaro ganhe para matar esse lixo’. Aí
começaram a falar de doença, ligado a AIDS, e acho que isso é pegar pesado
então reagi. Disse: ‘Fala na minha cara.’ Um dos caras pegou uma daquelas
barras de ferro de segurar barraca e bateu na minha cabeça. Cai ao lado da
Dutra. ‘Tontiei’ e estou cheio de marcas. Botei a mão no pescoço e vi que
estava cheio de sangue”, contou ao site.
Barbosa sentiu-se impotente porque disse que, de início,
poucas pessoas a ajudaram e havia muita gente em ônibus indo para o trabalho.
“Enquanto isso, eu era executada como um bicho. Fiquei muito triste”.
“Esses escrotos usam essa coisa (do Bolsonaro). Estão
usando isso para nos atacar. De repente, nem é eleitor dele, mas usam isso como
desculpa. Estão falando como se fosse legal isso de agredir (transexual)”,
observou.
Denúncia — Barbosa teve que tomar 10 pontos na cabeça no
posto médico. De acordo com a publicação, inicialmente, ela não queria
registrar o caso por conta de vergonha. Mas, por incentivos de pessoas próximas
e da Associação LGBT de Nova Iguaçu, foi registrar o caso.