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Agência
O Globo
A cabo da Polícia Militar de São Paulo Kátia Sastre, de 42
anos, que ficou conhecida por matar um ladrão em frente a uma escola em Suzano,
em São Paulo, em maio deste ano, foi eleita deputada federal. Com 264 mil
votos, a policial foi a sétima mais votada no estado.
Kátia ficou conhecida por ter atirado em um homem armado
que acabara de anunciar um assalto, no dia das mães, em frente à escola onde a
filha de 7 anos da policial estudava. Imagens de uma câmera de segurança
flagraram o momento em que o criminoso, com uma arma na mão, mira em um funcionário
do colégio.
A reação da PM demorou cinco segundos
A cabo sacou o revólver calibre 38 e atirou contra
Elivelton Neves Moreira, de 21 anos. Ele não resistiu e morreu. A PM não estava
em horário de serviço, reagiu à tentativa de assalto e conseguiu render
Moreira. Ela fazia parte do grupo de mães e crianças que esperavam a abertura
do portão da escola.
O caso ganhou repercussão pela atitude da policial militar.
O então governador de São Paulo, Márcio França (PSB), prestou homenagem a
policial. O político foi até o 4º Batalhão de Ações Especiais da Polícia
Militar, na zona leste da capital paulista, exaltou a ação da agente Katia
Sastre e a presenteou com flores.
A ação de Kátia repercutiu em todo o país, com os vídeos
tendo milhões de visualizações na internet e fazendo com que a cabo recebesse
uma homenagem do governador do estado, Márcio França. Homenagem que, inclusive,
foi reprovada pela cúpula da PM, que viu nela um incentivo às pessoas reagirem
a assaltos —o contrário do que a instituição recomenda.
Com 57.611 votos, a candidata pelo PSL Major Fabiana irá
integrar o quadro de deputados federais do Rio de Janeiro, em Brasília. Com o
slogan, "a mulher na segurança", a, agora eleita, conquistou 0,75% do
eleitorado fluminense — foi a 21º mais bem votada. A oficial da Polícia Militar
ficou ficou conhecida em 2014, depois de ter controlado um tumulto próximo à
Favela do Jacarezinho, onde um ônibus havia sido incendiado.
Na ocasião, ela estava a caminho do trabalho no Batalhão da
Maré. Depois de passar por um trecho da via onde havia um ônibus em chamas. Ela
saltou de um carro para conter um grupo que saía daquela comunidade, com uma
arma em punho. Ela se identificou como policial e impediu, sozinha, que os
jovens seguissem caminho.