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Manifestantes favoráveis ao candidato do PSL à Presidência,
Jair Bolsonaro, realizaram na tarde de domingo (30) um ato na Avenida Paulista,
em São Paulo, a favor da candidatura dele. Um dia após às manifestações que
tiveram o mote "EleNão", contra o presidenciável, milhares de pessoas
se reuniram na avenida vestindo camisetas da CBF ou usando roupas pretas.
Os organizadores
espalharam caminhões pela via, desde o Museu de Artes de São Paulo (MASP). O
primeiro trio elétrico iniciou o movimento com a execução do Hino Nacional. Os
manifestantes gritavam "Eu vim de graça". O ato durou cerca de duas
horas, e foi interrompido pela forte chuva que caiu na cidade por volta das
16h.
Um dos filhos de
Bolsonaro, Eduardo, participou do ato. Em discurso, ele fez críticas ao PT e
disse que, se o pai for eleito, uma das medidas será acabar com a Lei Rouanet,
de incentivo à cultura.
- A gente não agride
ninguém. A gente vai eleger um presidente da República sem quebrar nenhuma
janela. Vai ser coisa linda. Vai ser igual o (Donald) Trump nos Estados Unidos
- disse Eduardo Bolsonaro, que completou: - Vamos ganhar no primeiro turno. Com
a diferença que nós temos será impossível a possibilidade de fraude. É a última
chance que temos de nos afastarmos de vez dessa política que há 30 anos espolia
o povo brasileiro.
Sobre o protesto de mulheres contra Bolsonaro, ele disse:
- As mulheres de direita são mais bonitas que as mulheres
de esquerda. As mulheres de direita não protestam com o peito para fora, não
defecam para protestar. Ou seja, as mulheres de direita são mais higiênicas que
as mulheres de esquerda.
Desde 2015, a avenida fica aberta à população em geral
durante os domingos. No início da manifestação, outros grupos ainda estavam no
local, como ensaios de baterias, cantores de rua e grupos de umbanda. As
primeiras lideranças a discursar foram mulheres representantes de coletivos de
direita.
De cima do caminhão, organizadores pediram que eleitores de
Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) "deixem o idealismo de
lado" e façam voto útil em Bolsonaro contra o candidato do PT, Fernando
Haddad. Nas últimas semanas, o tucano vem adotando tal estratégia como
tentativa de chegar ao segundo turno contra o PT.
- O Bolsonaro é uma pessoa educada, é uma pessoa de Deus -
disse uma das organizadoras.
Segundo a aposentada Maria Thereza, de 72 anos, uma das participantes,
o deputado Jair Bolsonaro seria "o único jeito de tirar o PT do
poder". Questionada sobre as manifestações contrárias ao presidenciável,
disse:
- Eu achei errado, são jovens que estão sendo manipulados.
Marisa Molinari, empresária, 50 anos, disse que pretendia
votar em João Amoedo, do Novo. Mas vai optar pelo voto útil numa estratégia
contra o PT
- Eu acho que as pessoas, na ânsia de querer uma mudança,
ficam cegas e misturam as coisas - disse ela, que vai votar em deputados do
Novo mas decidiu apoiar Bolsonaro no primeiro turno.
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