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Redação:
Bahia.BA
Depois de uma médica do Rio Grande do Norte rasgar receita
após paciente idoso dizer que votou em Fernando Haddad (PT), mais um caso de
violência envolvendo a intolerância política nestas eleições foi registrado.
Uma analista de operações, de 24 anos, afirmou, na terça-feira (9), que foi
agredida ao afirmar que não votará em Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno
destas eleições. O fato aconteceu em Belo Horizonte.
De acordo com o portal Em, a jovem, que pediu para ter o
nome mantido em sigilo, fazia caminhada por volta das 5h quando passou por um
homem que descarregava caixas em uma empresa. Segundo relato, o rapaz estava
nervoso e falando sozinho, mas quando ela se aproximou, foi questionada sobre
as eleições. Ao se manifestar contrária ao presidenciável, foi agredida.
“Quando disse que não votaria em Bolsonaro, ele jogou
caixas em cima de mim. Eu caí no chão, machuquei o rosto e a mão. Fiquei
desesperada e saí correndo”, afirmou ela, que fez um boletim de ocorrência em
uma unidade móvel da Polícia Militar, conforme a publicação.
Lésbica, a jovem disse que foi agredida por preconceito e
“ódio político”. “Não sou petista, mas o que o outro candidato quer fazer é uma
ditadura. As pessoas sofreram muito com isso, jamais apoiaria um candidato que
tem ódio das minorias e as pessoas LGBT. Eu sou uma delas”, continuou.
A mulher fez um relato da agressão em seu Instagram – que
resolveu deixar privado por medo de retaliação. Segundo ela, foram várias as
manifestações de apoio de amigos pela agressão sofrida.
“Familiar ou colega de trabalho que diz gostar de mim mas
vota no Bolsonaro, tá (sic) com a mão suja de sangue, do meu sangue”, escreveu
ela, que ainda postou uma foto com a mão imobilizada.