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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil |
Os procuradores da força-tarefa Greenfield, do Ministério
Público Federal no Distrito Federal, pediram ao Tribunal de Contas da União
(TCU) a instauração de um processo de fiscalização e o bloqueio de cerca de R$
6 bilhões de pessoas físicas e jurídicas investigadas nas operações Sépsis, Cui
Bonoe Patmos.
Os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves
e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha estão entre os alvos das operações
citadas pelo MPF.
Segundo o MPF, o bloqueio de bens também deve mirar o MDB,
partido dos principais investigados nas operações.
“No caso específico, em que há a demonstração cabal de
direcionamento de parte dos recursos a campanhas políticas (de 2010 a 2014,
inclusive) de membros de renome nacional do PMDB (aqui se destacam as campanhas
presidenciais), a constrição patrimonial e financeira deve atingir o maior
beneficiário das demandas e dos recebimentos ilícitos aqui descritos, qual
seja, o antigo PMDB, atual MDB”, afirmam os procuradores no ofício que será
encaminhado ao TCU.
A abertura de tomada de conta e bloqueio de bens por parte
do TCU, segundo o MPF, tem como objetivo mensurar os prejuízos à União causados
pelos crimes praticados dos integrantes do MDB da Câmara dos Deputados na
Petrobras, Furnas, Ministério da Integração Nacional, Caixa, Secretaria de
Aviação Civil, Ministério da Agricultura e Câmara dos Deputados.
De acordo com o MPF, “resta claro que inúmeras pessoas,
físicas e jurídicas, foram beneficiadas com o esquema ilícito de pagamento e
arrecadação de propina, que tem, indubitavelmente, como causa e consequência
simultâneas, a manutenção do poder político pelo mesmo grupo criminoso,
deturpando a lógica do sistema democrático”.