Reprodução: Polícia Civil/ Divulgação |
Agência Brasil
Uma mulher foi indicada pela Polícia Federal no Rio Grande
do Sul por disseminar notícias falsas em redes sociais. Em um vídeo, a moça
afirma que urnas eletrônicas teriam sido fraudadas e enviadas a cidades da
Região Nordeste. A informação foi divulgada hoje (19) pela Superintendência da
Polícia Federal no Rio Grande do Sul.
A mulher também acusa o governo federal como responsável
por fraudar o sistema de votações das eleições deste ano. A Polícia Federal
instaurou inquérito a pedido do Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-RS).
Os agentes realizaram diligências para identificar a autora dos comentários
enganosos.
A mulher foi enquadrada nos artigos 324 e 325 do Código
Eleitoral, segundo os quais são crimes “divulgar, na propaganda, fatos que sabe
inverídicos, em relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem
influência perante o eleitorado” e “caluniar alguém, na propaganda eleitoral,
ou visando fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como
crime”.
Ela pode pegar pena de 1 a 3 anos de prisão. O tempo pode
ser aumentado pelo fato da mulher ter usado redes sociais para a propagação dos
conteúdos.
Mensagens falsas como a que motivou a prisão foram
disseminadas em todo o país. O Tribunal Superior Eleitoral criou um site para
esclarecer eleitores quanto às teorias da conspiração e acusações de supostas
fraudes em urnas e no conjunto do sistema de votação.
A disseminação de desinformação sobre o tema tem crescido.
A presidente do TSE, ministra Rosa Weber chegou a receber ameaças. Na quarta
(17), ela reuniu representantes da candidaturas para solicitar ações de
desincentivo aos questionamentos.
No balanço da votação do primeiro turno, nem o TSE nem a
missão internacional da Organização dos Estados Americanos (OEA), que
acompanhou o pleito, identificaram indícios de fraude ou problemas que pudessem
comprometer o resultado.