Foto: Reprodução / TV Record |
Redação: Rodrigo Aguiar
Uma semana
depois de dizer que seus opositores teriam que escolher entre “ir para fora” ou “para a cadeia”, o presidente
eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou à TV Record que “a oposição sempre é
bem-vinda”.
Em sua
primeira entrevista após vencer a eleição, Bolsonaro confirmou que vai convidar
o juiz Sérgio Moro para o Ministério da Justiça ou indicá-lo para o Supremo
Tribunal Federal (STF).
O presidente
eleito também afirmou que falta apenas um “pequeno detalhe” para o astronauta
Marcos Pontes ser confirmado como mais um ministro do seu governo, na pasta da
Ciência e Tecnologia.
Sobre a
transição, sinalizou que pretende ver aprovada “pelo menos alguma coisa” da
reforma da Previdência ainda durante o governo Temer.
O ministro
da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta segunda-feira (29) que o emedebista
está disposto a fazer um “esforço” para votar o texto ainda este ano na Câmara
dos Deputados, mas que a iniciativa para reacender o assunto dependeria do
presidente eleito.
Ao ser
relembrado sobre sua declaração de que as minorias deveriam “se curvar” à
maioria, Bolsonaro questionou “o que é minoria”. “Nós somos iguais, como está
no artigo 5º da Constituição”, acrescentou.
O capitão
reformado do Exército voltou a se queixar da cobertura de veículos de
comunicação, que teriam “tomado lado” durante a disputa eleitoral, mas negou
restrições à liberdade de imprensa e de expressão. “Quem vai impor limite é o
leitor. Tem certos órgãos que caíram em descrédito por causa das eleições”,
disse.
Bolsonaro
reiterou sua intenção de liberar a posse de armas e flexibilizar o porte. Entre
as medidas que pretende aprovar para o relaxamento das atuais restrições, estão
diminuir a idade mínima para ter uma arma (de 25 anos para 21) e estabelecer o
porte definitivo. “Vai diminuir a violência no Brasil, com toda a certeza”,
defendeu.
Jornal
Nacional – Já
em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, Bolsonaro foi questionado
novamente sobre discurso feito há uma semana, por uma transmissão via celular,
no qual disse que iria “varrer do mapa os bandidos vermelhos”.
“Foi um
discurso inflamado, para a Avenida Paulista cheia. Estava me referindo à cúpula
do PT e do PSL. O Boulos disse que ia invadir a minha casa na Barra da Tijuca.
Foi um momento de desabafo, acalorado”, argumentou.