Com a proximidade do verão, que começa dia 21 de
dezembro, aumenta a incidência de infecção urinária. A doença é mais comum nos
dias quentes por causa da desidratação provocada pelo suor, o que diminui a
produção de urina.
— Nos dias de calor, transpiramos muito e, assim,
perdemos líquido. Além disso, não conseguimos repor uma quantidade suficiente
de líquidos. Neste ambiente, a bactéria encontra muita facilidade de causar uma
infecção urinária, porque a urina é que tem a capacidade de expelir as
bactérias — explica o urologista Lessandro Curcio, vice-presidente da Sociedade
Brasileira de Urologia (SBU) do Rio.
São estes microrganismos que invadem os tecidos que
compõem o sistema urinário e causam o problema. A infecção pode ser
classificada como “baixa”, quando atinge uretra e bexiga, ou “alta”, quando as
bactérias invadem os rins.
O problema costuma afetar mais as mulheres do que os
homens. Isso ocorre por uma questão anatômica: a uretra delas é reta e curta,
enquanto a deles é longa e recebe um “bloqueio” da próstata. Pessoas que têm
outras doenças associadas, como diabetes, estão mais suscetíveis à infecção
urinária, assim como as ansiosas, porque o sistema imunológico fica debilitado
e mais fraco para combater as bactérias.
— Os sintomas são dor na parte baixa do abdômen, aumento
da vontade de urinar, odor mais forte e coloração mais escura da urina, além da
sensação de ardor ao urinar — detalha Alcides Mosconi Neto, membro do
departamento de Disfunções Miccionais da SBU.
O diagnóstico da infecção urinária é feito por meio de
exame de urina. Como o causador da doença é uma bactéria, o tratamento é feito
com antibióticos e pode durar de três a sete dias ou, em casos mais graves, até
20 dias.
Agência O Globo