Foto: Adriano Machado/Reuters |
Agência Brasil
No sétimo
dia de buscas por vítimas do desastre causado pelo rompimento da barragem Mina
Córrego do Feijão, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, as
autoridades contabilizam 99 mortos e 259 desaparecidos. O número de vítimas
aumenta na proporção que a esperança diminui. Bombeiros experientes relatam que
há dificuldades devido ao mar de lama que tomou conta da região.
Os trabalhos
de resgate começam diariamente, por volta das 4h, e vão até a noite. A barragem
B6, com água, segue monitorada 24 horas, sem risco de rompimento. Um plano de
contingência, entretanto, foi elaborado de forma preventiva.
Buscas
Nos dois
últimos dias, segundo o Corpo dos Bombeiros, as buscas se concentraram onde
ficava o antigo refeitório da Vale. É realizado monitoramento na área por onde
os rejeitos se espalharam, coberta a partir de grupos distribuídos em 18
pontos. Há locais em que a lama se acumula a 10 metros de profundidade.
Ontem (30),
tropas enviadas de São Paulo começaram a atuar em seis pontos de monitoramento.
As atividades também foram reforçadas por 58 voluntários, que ficam nas
imediações e contribuem na verificação de vestígios de corpos.
Barragens
A Defesa
Civil de Minas Gerais divulgou ontem um “plano de contingência” no caso de
riscos relacionados às barragens da região de Brumadinho que não se romperam.
Mas, de acordo com o porta-voz da corporação, tenente-coronel Flávio Godinho, a
medida é preventiva, pois não há barragens com risco de rompimento.
Segundo
Godinho, as demais barragens estão no nível de segurança 1. O risco aumenta
quando a classificação passa para níveis superiores, como 2 ou 3. Contudo,
acrescentou o porta-voz, não há situações desse tipo ainda na região.
Em nota, a
Defesa Civil designou locais para os quais moradores e pessoas que estiverem na
área devem se dirigir em uma situação hipotética. “A Defesa Civil divulga
pontos como medida preventiva em caso de elevação do risco”, destacou o comunicado.
“As polícia
Civil e Militar estão monitorando as barragens em tempo real para, em caso de
mudança na situação, haja aviso por meio de sirenes para que a população possa
se deslocar de forma organizada e ordeira”, afirmou Godinho.