Evelin Azevedo, da Agência O Globo
O sol, tão
temido durante o verão, pode ser um alívio para as pessoas portadoras de
psoríase, uma doença crônica, autoimune e sistêmica que se manifesta na pele.
Os raios ultravioleta têm ação anti-inflamatória, contribuindo para o
tratamento da doença.
"A
maior incidência dos raios ultravioleta ocorre justamente no período entre 10h
e 16h. Para que o paciente não sofra com queimaduras solares, esse banho de sol
deve ser orientado por um dermatologista", alerta Ricardo Romiti,
coordenador da campanha nacional de psoríase da Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD).
A psoríase
se caracteriza pelo surgimento de manchas vermelhas — que apresentam escamação
— no couro cabeludo, nos braços, nas pernas e nas costas. O tamanho da lesão
define a gravidade da doença: quanto maior, pior. Ela costuma aparecer em
pessoas jovens, com idades entre 20 e 40 anos.
Além da
coceira e da queimação provocada pelas lesões, os pacientes sofrem com o
preconceito de quem não conhece a doença. Isso abala o emocional, afeta a
qualidade de vida e faz com que os pacientes sintam vergonha de se expor.
"Existe
a ideia de que a psoríase seria uma doença contagiosa pelo fato de o paciente
eliminar muitas escamas, mas esta não é uma doença contagiosa. Infelizmente
existe um preconceito social com os portadores de psoríase", lamenta
Arnobio Pacheco, dermatologista e professor da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte.
A doença não
tem cura, mas tem controle. Seguindo o tratamento indicado pelos
dermatologistas, é possível viver sem nenhuma mancha no corpo.