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Neste verão,
o calor segue noite adentro e o corpo sofre com o que a ciência chama de
estresse térmico — expressão técnica
para a exaustão causada pelo calor prolongado. Quando as noites continuam
quentes, embora um pouco menos que o dia, o corpo permanece fatigado.
Uma pesquisa
da UFRJ e do Inpe já mostrou que enquanto as máximas diárias diminuem
progressivamente no Rio nos últimos 40 anos, o número de noites frias, cai. Nos
anos 70, Santa Cruz tinha 36 noites frias por ano. Em 2010, o número caiu para
28. Santa Cruz tem uma das poucas estações meteorológicas ativas no Rio sem
interrupção, cidade que peca pela falta de informação sobre o próprio clima por
falta de séries contínuas de dados. E a previsão nada tem de alentadora.
— Esse
aquecimento local é uma prévia do que as mudanças climáticas globais trarão
para a cidade — afirma Carlos Nobre, um dos mais respeitado climatologistas do
país.
Os cenários
do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês),
diz Nobre, preveem até 200 dias por ano como os deste janeiro nas décadas
finais do século.
Agência O Globo