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Redação iBahia
O verão é a
época do ano em que os cariocas fazem questão de mostrar suas marquinhas de
biquíni. Homens e mulheres aderiram à moda da fita isolante para deixar o
desenho bem feito. Mas se expor por muito tempo ao sol com a intenção de se
bronzear é uma atitude perigosa que pode gerar graves consequências no futuro.
E o uso da fita é uma preocupação extra para os médicos.
— A cola da
fita pode provocar um eczema de contato, que faz aparecer vermelhões e até
bolhas. Por isso as pessoas não devem se bronzear usando a fita isolante. A
minha recomendação é que, neste verão, ninguém vá para a laje se bronzear por
causa da alta incidência de raios ultravioletas — orienta Murilo Drummond, dermatologista
e professor titular do Instituto de Pós-Graduação Carlos Chagas.
Ana Luisa
Bittencourt Jeunon, assessora do departamento de Dermatologia e Medicina
Interna da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), lembra do risco de
doenças ainda mais graves:
— O sol,
depois de anos de queimaduras, é um fator de risco maior para o desenvolvimento
de câncer de pele.
A pele
bronzeada, tão desejada na juventude, é mais suscetível ao fotoenvelhecimento
(envelhecimento da pele causada pela luz).
— Esse dano
que o raio ultravioleta causa na pele para deixá-la bronzeada faz com que ela
tenha rugas e manchas em maior quantidade. Por exemplo, a pessoa que sempre foi
para a praia de maiô e nunca bronzeou a barriga, se você comparar a pele da
barriga com a do braço ou a do rosto, essas últimas vão estar mais manchadas e
enrugadas — afirma Ana Luisa Jeunon.
Bronzeadores
caseiros fazem a pele ‘fritar’
Uma das
grandes preocupações dos dermatologistas é o uso de bronzeadores caseiros.
Essas fórmulas possuem substâncias que “fritam” a pele.
—
Bronzeadores industrializados possuem um pequeno fator de proteção solar, que
protege um pouquinho e possibilita o bronzeamento. Já as fórmulas caseiras
levam substâncias que sensibilizam a pele ao sol, como o uso de limão, o que
aumenta ainda mais o risco de queimaduras. De qualquer forma, eles não são
seguros, principalmente para pessoas que são muito brancas — diz a
dermatologista Ana Luisa Jeunon.
Os
especialistas lembram que cada pessoa tem um limite para se expor ao sol sem se
queimar e isso varia de acordo com o tom de pele: pessoas brancas estão
sujeitas a se queimar mais, enquanto as negras, sofrem menos com o sol. De
qualquer forma, é preciso se proteger ao máximo.
Maneira
menos prejudicial de se bronzear
Hora
certa
Aquela regra
dos horários continua valendo: evite se expor ao sol entre 10h e 16h.
Use o
protetor
O fator
mínimo é de 30 FPS. Mesmo com o produto, a pele fica bronzeada.
Aos
poucos
Não importa
o seu tom de pele, você não vai conseguir o bronzeado “perfeito” em um dia.
Para não causar queimaduras graves nem problemas como insolação, é preciso se
expor ao sol poucos minutos por dia.
Alimentação
Frutas e
legumes de cor laranja e amarela e folhas verde escuras são ricos em
betacaroteno, vitamina que ajuda a manter o bronzeado na pele por mais tempo.
Consuma esses alimentos com regularidade.