Fernanda (à esquerda) e Aldirene (à direita), as duas eram amigas, mas teriam se desentendido |
Karina Cabral/Livre
Uma jovem de
22 anos, identificada como Fernanda Souza Silva, foi assassinada com uma facada
no peito nesta terça-feira (26) durante uma discussão com uma amiga, de 26
anos, na porta da casa da amiga. O caso aconteceu por volta das 12h40 no Bairro
Jardim Paulista, em Rondonópolis (220 km de Cuiabá).
Conforme o
boletim de ocorrência, uma mulher de 34 anos presenciou o assassinato e teria
impedido que a suspeita, identificada como Aldirene da Silva Santana,
continuasse com os golpes.
A testemunha
relatou à polícia que foi até a casa de Aldirene com a vítima para conversar
com ela, visto que Fernanda havia ficado sabendo que Aldirene estaria
espalhando boatos a respeito dela.
A testemunha
e a vítima teriam a chamado pela janela e, segundo a testemunha, Aldirene já
abriu a porta com uma faca nas mãos.
As duas
teriam entrado na casa e começaram uma discussão, estando a suspeita o tempo
todo com a faca na mão. Até que em um momento de exaltação Aldirene teria,
segundo a testemunha, ido em direção a Fernanda e a esfaqueado no peito.
A testemunha
afirmou que parou a suspeita segurando-a pelo pulso – visto que ela demonstrou
que iria esfaquear a vítima novamente – até que ela soltasse a faca e tentasse
fugir entrando em seu carro.
Outros moradores,
porém, teriam impedido a fuga, fechando e trancando o portão da quitinete. O
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a vítima não
resistiu e morreu no local.
“Apagão”
A suspeita,
no entanto, contou outra versão aos policiais. Conforme o boletim de
ocorrência, ela afirmou que estava em casa – no condomínio de quitinetes -,
quando escutou batidas na porta mandando que ela abrisse.
Ela teria
aberto a porta e Fernanda e uma amiga, a testemunha, começaram a discutir com
ela e ofendê-la. Aldirene alegou que pediu que as duas fossem embora e que
continuassem a conversa em outro momento, mas não foi acatada.
Aldirene
relatou à polícia que ao pedir que as duas fossem embora, Fernanda pegou o
celular dela, que estava em cima de um armário, e jogou no chão. Ela teria
pedido mais uma vez que as duas fossem embora e novamente não teria sido
ouvida, passando a ser agredida, sendo golpeada com um soco na cabeça e caindo
no chão.
Depois desse
momento, Aldirene afirmou à polícia, conforme o boletim de ocorrência, que não
se lembra do que aconteceu, tendo apenas visto Fernando no chão e sangrando.
Ela disse
que ligou para um amigo que é motorista de ambulância pedindo ajuda, que a
orientou a ligar para o Samu, o que ela teria feito, contradizendo mais uma vez
a versão da testemunha, de que ela teria tentado fugir. Ainda segundo a
suspeita, somente depois disso os vizinhos foram até o local.
Aldirene foi
encaminhada à delegacia com um corte no polegar na mão direita e uma lesão no
lado esquerdo da testa, segunda ela, causados pelas agressões da vítima
Fernanda.
O caso foi
registrado como homicídio doloso e será investigado pela Polícia Judiciaria
Civil.