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Redação: iBahia
O futuro das
gêmeas siamesas Marieme e Ndeye ainda é uma incógnita. Nascidas no Senegal, as
pequenas de dois anos e oito meses possuem cérebros, corações e pulmões
próprios.Mas compartilham uma bexiga e um fígado.O coração de Marieme é frágil
e ela pode morrer. Se ela morrer, sua irmã Ndeye, também morrerá. De acordo com
os médicos, o pai das garotas vai precisar tomar uma decisão no futuro:
submetê-las a uma cirurgia, pondo em risco a vida de ambas, sobretudo de
Marieme ou deixar que elas morram juntas. Ibrahima Ndiaye morava com as filhas
no Senegal, na África e mudou-se para o Reino Unido, após ter vivido preconceito
com com os olhares de algumas comunidades no Senegal sob a deficiência de suas
filhas."Há muita ignorância. Alguns veem como um castigo de Deus ou como
produto de bruxaria. É uma visão generalizada, e é um tabu falar disso. Há
inclusive sacrifícios", afirma Ibrahima em entrevista à BBC.
Em 2017, o pai das irmãs recebeu a notícia de
que o coração de Marieme era muito frágil para resistir a uma cirurgia. Se
tentassem separá-las, ela provavelmente morreria.
"Assim
que eu soube disso, não quis prosseguir. Como eu poderia fazer essa escolha?
Mas me lembro de sentir tristeza por elas. Não por mim. Estava triste pelo
futuro delas", disse em entrevista. Em março de 2018, Ibrahima e suas
meninas se mudaram para Cardiff, no País de Gales, com ajuda de doações e apoio
dos médicos. Hoje, Ndeye é quem principalmente mantém a irmã viva. Marieme
recebe oxigênio do coração de Ndeye e nutrientes através de seus estômagos
unidos.Mas essa situação está sobrecarregando o coração e o corpo de Ndeye. Os
médicos afirmaram a Ibrahima que se Marieme morrer de repente, será muito tarde
para salvar Ndeye. O pai agora vive o dilema ético de decidir sobre a vida (e
morte) de suas filhas. As informações são da BBC Brasil.