Foto: Reprodução/TV Globo |
Redação
iBahia
Uma das 192
vítimas resgatadas após o rompimento da barragem de rejeitos de minérios da
Vale, Paloma Prates, de 22 anos, se emocionou ao falar pela primeira vez sobre
a tragédia. Durante o programa Mais Você, desta sexta-feira (1º), a jovem de 22
anos relembrou os momentos de sofrimento após o mar de lama invadir a pousada
onde estava com o marido, a irmã de 13 anos e o filho de um ano e meio. Eles
ainda estão desaparecidos.
Até este
momento estão confirmados 110 mortos (71 deles identificados), 238 desaparecidos,
192 resgatados, 394 localizados e 108 desalojados.
"Ainda
estou tentando engolir. Consigo lembrar, mas é muito ruim e triste relembrar.
Estava em casa com meu esposo, irmã e filhinho e, na hora em que escutei o
barulho, não tinha tempo de fazer mais nada. Quando dei por mim, já estava
perto daquele lugar", contou à Ana Maria Braga.
A jovem foi
resgata momentos após o rompimento da barragem por Claudiney Coutinho, um
funcionário que realizada a manutenção de uma linha férrea próxima do local da
tragédia. Ela disse este momento foi o pior da sua vida.
"Estou
muito feliz do Claudiney ter me ajudado. Ele salvou minha vida. Eu estava
entendendo o que estava acontecendo, mas só o que eu queria era sair daquele
lugar. Vivi o pior momento da minha vida. Estava muito cansada. Não conseguia
me movimentar muito bem. Estava com dor no peito e não conseguia respirar
direito", disse.
A vítima
contou ainda que, uma semana após o ocorrido, ela ainda sente dor das
escoriações decorrente da tragédia. Porém, para ela, o maior sofrimento é não
ter notícias da família.
"Estou
toda cheia de escoriações. Meu nariz e osso esterno estão quebrados. Estou com
dores no corpo todo. No momento, a única coisa que eu queria era ter minha
família do meu lado. A mineradora não entrou em contato com a gente até hoje.
Se alguém souber do meu filho ou irmã entre em contato com a gente".
Veja o vídeo do resgate de Paloma: