Homem rompe artéria e sofre derrame após estalar pescoço; prática pode causar AVC

Foto: Reprodução / Youtube


Bahia Notícias/Saúde

Por estalar o pescoço, um homem de 28 anos, rompeu uma artéria vertebral e sofreu um derrame. “Assim que eu ouvi o estalo, tudo do meu lado esquerdo começou a ficar dormente”, disse Josh Hader de Guthrie, morador de Oklahoma, nos Estados Unidos à KOCO News. “Eu me levantei e tentei pegar um saco de gelo do congelador e me lembrei que não conseguia andar em linha reta”.

Ele foi levado para emergência. No hospital, os médicos disseram que ele poderia ter morrido. “Ele poderia ter formado mais coágulo naquele rompimento e sofrer de um derrame fatal. Ele poderia ter morrido”, disse Vance McCollom, médico do Mercy Hospital. Por conta do derrame, um músculo ligado ao seu olho ficou enfraquecido. Hader ficou com a visão embaçada e precisou usar um tampão por vários dias. Hader também precisou usar um andador por alguns dias e ainda tem alguma dificuldade para caminhar. Além disso, ele sofreu com soluços dolorosos por uma semana e meia. “Se você quiser estalar o seu pescoço, só estale ele de um lado e do outro. Não gire a cabeça”, disse o médico. “Sempre que você gira o pescoço há o risco de romper”, afirmou. Para ele, o paciente deve ter mexido rapidamente para cima e para baixo, e por isso, aconteceu o rompimento. Antes da cirurgia, Hader pediu desculpas para a sua mulher, de acordo com o médico que o operou. “Ele queria dizer à sua esposa que lamentava ter estalado o pescoço”, disse o médico. “Sua esposa vinha lhe dizendo: ‘Não estale o pescoço’. Você vai causar um derrame”.

Um estudo publicado em 2013 descobriu que mais de 700 casos de AVCs estão associados a prática de quiropraxia da coluna vertebral. Um dos casos é de uma mulher de 42 anos que sofreu o rompimento de uma artéria vertebral por estalar o seu pescoço repetidamente. Felizmente, ela sobreviveu. “Doze dias antes, [a paciente] tinha tido ‘a pior dor de cabeça de sua vida’, que começou na coluna cervical inferior esquerda e se estendeu até a região temporal esquerda”, diz o estudo de caso. “Ela relatou que se auto-manipulava regularmente ou ‘estalava’ o pescoço para reduzir a dor no pescoço. Ela relatou que tinha realizado esta auto-manipulação do pescoço várias vezes ao dia durante os últimos anos”.

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