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Dois
suspeitos de integrar uma associação criminosa envolvida no roubo de um
frigorífico em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foram presos pela
Polícia Civil na quarta-feira (8).
Segundo
a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande (Derf-VG), o
assalto foi planejado pelo funcionário Marllon Vinicius Leite da Rosa, de 22
anos. Eles tinham o objetivo de roubar o pagamento do mês e a valiosa ‘pedra da
vesícula do boi’, avaliada em mais de R$ 200 o grama.
Os suspeitos foram identificados pela equipe da Derf-VG como envolvidos
no roubo do frigorífico, ocorrido na noite de segunda-feira (6), no bairro
Souza Lima em Várzea Grande.
Na ocasião, cinco homens armados invadiram o estabelecimento e após
renderem os funcionários, subtraíram diversos objetos da empresa e das vítimas.
As pedras são valiosas porque têm grandes quantidades de proteínas,
sódio e sais minerais. É usada como remédio na Ásia e extremamente valorizada
no Oriente Médio.
O funcionário da empresa e o comparsa, Luiz Henrique Fidélis de
Figueiredo, de 24 anos, foram autuados em flagrante pelos crimes de roubo
majorado pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo e associação
criminosa armada.
Um terceiro suspeito também foi identificado e está foragido.
Investigação
Assim que foram acionados do roubo, os policiais conseguiram identificar
os autores do crime. Segundo as investigações, Marllon, por ser funcionário da
empresa, tinha informações privilegiadas sobre a rotina, funcionamento e segurança
do local.
De acordo com a delegada, Elaine Fernandes da Silva, no dia do crime, os
funcionários localizaram em um dos cortes a chamada ‘pedra da vesícula do boi’,
a qual o preço de mercado é avaliado em aproximadamente R$ 200 o grama.
Marllon, por atuar no abate do gado, tinha essa informação.
Durante a ação, os criminosos foram extremamente violentos, agindo com
ameaças e chegando a agredir as vítimas com coronhadas na cabeça.
Acreditando que o bem valioso ainda estava no local, ao entrarem no estabelecimento,
os assaltantes exigiram o cofre e a pedra, demonstrando que tinham conhecimento
do que acontecia na empresa.
Segundo a delegada, além do pagamento, os criminosos queriam roubar a
pedra que foi encontrada naquele dia. A pedra do calculo biliar bovino, tem o
valor econômico altíssimo, sendo usada na fabricação de medicamentos e muito
valorizada no oriente médio.
Na manhã seguinte, Marllon faltou ao trabalho, fato que levantou
suspeitas, uma vez que o suspeito não compareceu nem mesmo para receber o
pagamento.
Dando continuidade as diligências, os investigadores foram até a casa do
suspeito, que tentou fugir ao perceber a presença dos policiais, porém, acabou
detido.
Em análise no aparelho celular do investigado, foi verificado que ele
apagou todas as conversas por mensagens, no entanto, havia uma chamada de vídeo
para Luiz Henrique.
Com a informação de que Luiz Henrique estava em uma residência em
Cuiabá, os policiais foram até o endereço, onde realizaram a prisão.
G1
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