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Na última terça-feira (14), o ministro da economia, Paulo
Guedes, revelou que, se o Congresso Nacional não aprovar o projeto de crédito
suplementar de R$ 248 bilhões, travará os pagamentos de programas como o Bolsa
Família e pagamento de aposentadorias do INSS. A revelação aconteceu durante
reunião da comissão mista do Orçamento na Câmara dos Deputados.
Segundo o ministro, sem o crédito, os pagamentos de subsídios
param em junho. Já os pagamentos de benefícios assistenciais do INSS param em
agosto e, o pagamento do Bolsa Família param em setembro. “Tenho que apostar
que o Congresso vai aprovar o crédito suplementar”, disse ele, durante
audiência da Comissão Mista de Orçamento (CMO).
Guedes reforçou a necessidade de aprovação da reforma da
Previdência e disse que o crescimento desses gastos pode impedir a tentativa do
governo de “salvar o País”. “Pode não dar tempo”, afirmou.
Ele revelou também que, como ministro da Economia, “manda
muito pouco” e que não é ele quem decide onde são feitos cortes orçamentários,
já que o presidente Jair Bolsonaro indica as prioridades do governo.
“As pessoas acham que eu tenho muito mais poder do que eu
tenho. O poder está em quem vai sancionar leis”, concluiu.
O pagamento do Bolsa Família de maio já está garantido e
o dinheiro começará a ser pago a partir do dia 20. O beneficiário poderá sacar
o valor até o dia 31. Ao todo, o Ministério da Cidadania deve pagar cerca R$
2,6 bilhões às mais de 14 milhões de famílias brasileiras aptas a receber o
benefício. O valor médio pago é de R$ 186,2, mas tem famílias que recebem o
valor máximo do beneficio que é de R$ 372,00.
Varela Notícias