Foi realizado nesta terça-feira, 04 de junho de 2019, o
julgamento da acusada Rosa Maria Dantas Melo no Fórum Raimundo Vilela na
Comarca de Saúde. O julgamento teve início às 8 da manhã e se estendeu até 1 da
madrugada.
A acusada foi condenada a 48 anos de prisão, sem direito
de recorrer em liberdade. A acusada respondia ao processo presa, conforme
noticiado pelo MP (Ministério público).
Acusada de envenenar quatro pessoas da mesma família com
“chumbinho” no município de Saúde, Rosa Maria Dantas Melo teve a sua prisão
preventiva decretada pela Justiça em 18 de janeiro de 2018, pelo juiz
substituto da Vara Criminal da comarca, Dr Rodolfo Barros, que atendeu o pedido
apresentado pelo Ministério Público estadual, que também denunciou Rosa Maria
pela prática de homicídio e tentativa de homicídio. Segundo a promotora de
Justiça Milena Moreschi, a denunciada ofereceu doce de leite envenenado com
carbofurano, mais conhecido como “chumbinho”, a quatro pessoas convidadas para
irem até a sua residência. O envenenamento causou a morte de uma das vítimas e
as demais sobreviveram por terem ingerido uma quantidade menor do produto,
explica a promotora.
O fato ocorreu em junho de 2017, após Rosa Maria insistir
para que Celson Alves da Silva, Catarina Caetano de Barros e seus filhos fossem
até à casa dela. Lá, ela lhes ofereceu o doce que, segundo exame pericial, foi
servido com o carbofurano. As investigações apontam ainda que Rosa já havia
tentado contra a vida de Celson e Catarina em outra oportunidade, quando
adicionou “chumbinho” ao vinho servido ao casal. Eles teriam sobrevivido a essa
tentativa inicial por terem ingerido pouca quantidade e logo passado mal,
expelindo todo o conteúdo.
Na última tentativa, Celson ingeriu maior quantidade
e não resistiu. Rosa Maria, que já está presa desde dezembro de 2017 em razão
de pedido de prisão temporária formulado pelo MP, foi denunciada pelo homicídio
e pela tentativa de homicídio praticados por motivo fútil, com emprego de
veneno e dissimulação ou recurso que dificultou a defesa das vítimas.
O julgamento foi presidido pelo Juiz Rodolfo
Barros.
Fonte: MP/BA - Espaço Aberto
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