R7/Montagem-Russel |
O deputado federal Carlos Jordy
(PSL-RJ) protocolou nesta quinta-feira, 6, na Câmara dos Deputados, projeto de
Lei que agrava a pena de denunciação caluniosa de crimes contra a dignidade
sexual. Caso o projeto seja aprovado, pessoas que fizerem acusações mentirosas
sobre crime de estupro, por exemplo, poderão ter a pena aumentada em até um
terço.
O PL está sendo proposto dentro
do contexto da suposta agressão sexual que Neymar Junior, jogador do time de
futebol francês Paris Saint-German e da seleção brasileira, teria cometido
contra a modelo Najila Trindade Mendes Souza. Ontem, um vídeo mostrando a
modelo agredindo o jogador fez com que grande parte dos internautas nas redes
sociais tomassem o partido do jogador.
Em entrevista ao Broadcast
Político, Jordy informou que já tinha a intenção de apresentar este projeto,
mas ele seria protocolado depois das pautas econômicas, que são prioridade para
a retomada do crescimento e geração de emprego no País. Contudo, o caso
envolvendo Neymar levou sua equipe a priorizar este projeto de lei.
“Denunciações caluniosas já são graves e absurdas por si só, mas quando
envolvem estupro, isso destrói a vida do acusado porque não existe crime mais
abjeto do que esse. Isso deixa todo mundo indignado”, disse o parlamentar. “Sem
dúvida alguma, o momento atual foi determinante para que apresentássemos o PL”,
emendou.
No Twitter, a proposta de Jordy
provocou a reação de internautas, que interagiram com o post e o batizaram de
“lei Neymar da Penha”, em referência à Lei Maria da Penha, que criou mecanismos
para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Durante toda a manhã, a hashtag
mais mencionada no Brasil foi a #EstupradaDeTaubaté, em alusão ao caso da “grávida
de Taubaté”. Na ocasião, uma mulher da cidade paulista fingiu estar grávida de
quadrigêmeos e ficou famosa após aparecer em diversos programas de TV e receber
doações de todo o País. Os internautas estão comparando a modelo que acusa o
jogador da seleção brasileira de estupro e agressão com a “grávida de Taubaté”.
VIAGabriel Wainer
FONTEEstadão Conteúdo
Tópicos:
NOTÍCIAS